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Europa

Berlusconi teria pago 21 meninas para cometerem perjúrio

Dinheiro foi pago para que elas mentissem sobre acusações de prostituição infantil contra o ex-primeiro-ministro

30 jun 2015 - 13h11
(atualizado às 14h43)
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Silvio Berlusconi tenha pago 21 meninas para cometerem perjúrio em testemunho sobre o "Processo Ruby"
Silvio Berlusconi tenha pago 21 meninas para cometerem perjúrio em testemunho sobre o "Processo Ruby"
Foto: Stefano Rellandini / Reuters

A Procuradoria de Milão, na Itália, acredita que o ex-primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, tenha pago a 21 meninas valores que somam 10 milhões de euros para que cometessem perjúrio em testemunho sobre as polêmicas festas em sua mansão durante o "Processo Ruby".

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Os procuradores milaneses notificaram 34 pessoas ao fim da investigação, entre eles Berlusconi, e agora aguardam a abertura de processo judicial.

O ex-chefe do governo italiano afirmou em comunicado que a acusação está baseada na "nada".

"Trata-se de outra tentativa da Procuradoria de Milão de construir contra mim acusações baseadas em nada. Confio na imparcialidade e no bom senso dos magistrados que já me absolveram pelo mesmo tema", assinalou.

Os procuradores garantem que Berlusconi pagou pelo silêncio das jovens durante o "processo Ruby", em que foi acusado pelos delitos de incitação à prostituição infantil e abuso de poder por ter mantido relações sexuais com a então menor Karima El Mahroug, conhecida como Ruby.

Em 10 de março a Suprema Corte italiana confirmou a absolvição de Berlusconi, de 78 anos, mas, paralelamente, surgiram outras investigações como a concluída hoje pela Procuradoria milanesa, conhecida como "Ruby Ter".

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Entre os investigados, além do líder conservador, estão o advogado Luca Giuliante, o presidente da produtora Medusa, Carlo Rossella, e várias jovens que participaram das polêmicas festas que o ex-premiê oferecia em sua vila em Arcore, próxima a Milão.

Também estão sob suspeita a senadora do Forza Itália, Maria Rosaria Rossi, o cantor Mariano Apicella e a policial Giorgia Iafrante, acusados de terem mentido sobre a libertação de Ruby da delegacia milanesa em que foi detida por furto, soltura que teve a interferência de Berlusconi, o que valeu a ele a acusação de abuso de poder.

Os procuradores consideram que, entre 2010 e 2014, as jovens receberam do magnata mais de dez milhões de euros entre cheques e transferências bancárias, além de somas em dinheiro, presentes, despesas médicas, uso de carros e imóveis.

Na Itália estas jovens são conhecidas como as "olgettine", porque viviam em um complexo residencial de propriedade de Berlusconi na rua Olgettina, em Milão.

A imprensa publicou recentemente o elevado padrão de vida de Ruby, que, segundo os procuradores, teria recebido supostamente sete milhões de euros de Berlusconi e os investiu na Praia de Carmen, no México, e em uma cidade em Dubai.

EFE   
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