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Europa

Prisão de Julian Assange "soa bem", diz Robert Gates

7 dez 2010 - 10h04
(atualizado às 12h59)
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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, disse que "parece uma boa notícia" a prisão do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, nesta terça-feira, em Londres, segundo informou a NBC News. Assange foi preso por volta das 9h30 (horário local, 7h30 de Brasília) ao se apresentar em uma delegacia da capital britânica.

Fundador do Wikileaks está preso em Londres:

"Ainda não haviam me falado, mas parece uma boa notícia", declarou Gates ao ser questionado pela imprensa a sua chegada a Fort Connolly, uma base militar americana situada no leste do Afeganistão. Gates pretende se reunir com o presidente Hamid Karzai. A visita acontece em um clima de tensão entre Washington e Cabul, depois da divulgação de documentos que destacam a "fragilidade" e a "paranóia" do chefe de Estado afegão.

Paralelamente à declaração de Gates, o WikiLeaks afirmou, por meio de um porta-voz, que a prisão de Julian Assange é uma "agressão à liberdade de imprensa" mas que este fato não vai deter o grupo. Em seu perfil no Twitter, a organização disse que a detenção do seu líder não vai afetar as operações de divulgação dos documentos secretos.

"A ação realizada hoje contra nosso editor-chefe, Julian Assange", não vai afetar nossas operações: nós iremos divulgar mais telegramas esta noite normalmente", informou o post.

Depoimento
Ontem o advogado britânico de Assange havia declarado que estava organizando um encontro entre seu cliente e a polícia. "No fim da tarde recebi um telefonema da polícia para dizer que receberam o pedido de extradição da Suécia", declarou Mark Stephens. "Estamos tomando providências para nos reunirmos com a polícia voluntariamente a fim de facilitar o interrogatório de que precisam", afirmou, na oportunidade.

Um porta-voz do tribunal de Westminster disse que Assange deve prestar depoimento por volta das 14h (12h de Brasília), a menos que seja concedida uma permissão especial para que ele seja ouvido mais tarde. Ontem à noite, outra advogada de Assange, Jennifer Robinson, afirmou que seu cliente não havia sido informado sobre todas as acusações que enfrenta.

Segundo o NYT, as acusações são baseadas em encontros sexuais com duas mulheres. As relações, que começaram consentidas pelas envolvidas, acabaram não consentidas quando Assenge não quis mais usar camisinha. A Suécia expediu o primeiro mandado de prisão para Assange em 18 de novembro, mas a ação foi invalidada por um erro processual. Um novo mandado foi emitido em 2 de dezembro.



Fonte: Redação Terra
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