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Europa

Doze radicais islâmicos com gás sarin são presos na Turquia

30 mai 2013 - 08h55
(atualizado às 09h29)
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Foram detidos na Turquia 12 supostos membros do grupo islamita radical sírio Frente al Nusra, ligado à Al Qaeda, em posse de dois quilos de gás sarin, segundo informações de três jornais turcos desta quinta-feira.

As prisões, realizadas por unidades turcas de inteligência e antiterrorismo, ocorreram na terça-feira na província de Adana. Os jornais citam fontes policiais anônimas e até agora não há uma confirmação oficial da apreensão do material químico por parte das autoridades turcas.

Segundo o jornal Zaman, os detidos explicaram à polícia que pretendiam transferir o material para a Síria, enquanto o Taraf informou que os suspeitos foram detidos três dias antes de cometer um ataque.

Em 10 de abril, a Frente al Nusra, que combate o regime sírio de Bashar al Assad, assegurou que é leal à rede terrorista Al Qaeda e ao seu líder, Ayman al-Zawahiri.

As forças de segurança turcas intensificaram sua atividade nas últimas semanas depois do duplo atentado com carro-bomba perpetrado na cidade de Reyhanli, na fronteira com a Síria, que matou 53 pessoas em 11 de maio.

O governo turco acusou o regime de Assad de estar por trás do ataque, algo negado por Damasco. O gás sarin é considerado pelas Nações Unidas uma arma de destruição em massa desde 1991 e tanto o regime de Assad como a oposição se acusam de ter utilizado a substância durante o conflito na Síria.

No início de maio, a magistrada suíça Carla del Ponte, membro da comissão especial criada pela ONU para investigar os crimes perpetrados durante a guerra civil na Síria, afirmou que reuniu informações que apontam que grupos rebeldes podem ter usado armas químicas no conflito.

"Dispomos de testemunhas sobre a utilização de armas químicas, e em particular de gás sarin. Não por parte do governo, mas dos opositores", explicou.

A oposição turca acusa o governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan de financiar e treinar membros da oposição síria, entre os quais poderiam estar radicais islâmicos.

EFE   
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