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Mundo

Preso por chantagem a Berlusconi, empresário nega acusações

3 set 2011 - 17h36
(atualizado às 17h43)
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O empresário Giampaolo Tarantini, detido por suposta extorsão ao primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, por causa de suas festas privadas com meninas, entre estas prostitutas, negou as acusações. Tarantini, que foi interrogado neste sábado pelos procuradores de Nápoles que acompanham o caso, apresentou por escrito sua defesa.

Ele afirma que os 500 mil euros recebidos do chefe de Governo foram por empréstimo. Sobre a renda mensal de 20 mil euros que possuía até julho disse tratar-se de doações "espontâneas".

Pelo documento apresentado por Tarantini e que a imprensa italiana reproduz, o empresário explicou que havia pedido 500 mil euros a Berlusconi para abrir um negócio. Com relação à renda mensal afirmou que a mesma era necessária para atender as "exigências da vida", já que é responsável por sustentar muitas pessoas.

Tarantini, que ao explodir em 2009 o escândalo das festas privadas de Berlusconi foi apontado como o encarregado de recrutar as meninas que frequentavam esses encontros, contou que ao pedir o dinheiro ao chefe do Governo este não hesitou em conceder o empréstimo e afirmou que se tratando dele não havia nenhum problema, teria dito o governante.

O empresário falou que os encontros com Berlusconi eram arranjados por meio do editor Valter Lavitola, sobre quem também pesa uma ordem de detenção pela suposta extorsão ao primeiro-ministro, embora ainda não tenha sido preso por estar fora da Itália.

A versão de Tarantini é contrária a hipótese dos procuradores de Nápoles, que sustentam que os 500 mil euros teriam servido para "convencer" o empresário a pactuar a condenação em um caso em que era acusado e evitar, assim, a divulgação de escutas telefônicas com detalhes comprometedores sobre as festas de Berlusconi em um julgamento.

Por esta visão, as demais receitas, de caráter mensal, serviam supostamente para que Tarantini mantivesse a mesma versão que o líder, ambos não sabiam que algumas das jovens freqüentadoras das festas eram prostitutas, como havia afirmado Berlusconi depois da divulgação do escândalo sobre suas reuniões privadas.

A investigação da Procuradoria de Nápoles sobre a suposta chantagem ao líder foi revelada em 24 de agosto pela revista "Panorama", que informou sobre a abertura das investigações, embora até quinta-feira passada não houvesse dados oficiais. A história foi confirmada com a detenção de Tarantini e de sua esposa Angela Devenuto.

EFE   
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