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Europa

Premiê turco reconhece que polícia agiu de forma extrema em Istambul

1 jun 2013 - 10h55
(atualizado às 11h03)
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O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, admitiu neste sábado que em alguns casos a polícia agiu de forma extrema na repressão dos manifestantes que protestavam durante o dia contra um projeto urbanístico em um parque de Istambul.

"É verdade que ocorreram erros e extremismo na resposta da polícia", disse Erdogan após um segundo dia de violentos protestos que deixaram dezenas de feridos. O ministro do Interior afirmou em uma nota que serão tomadas medidas legais contra os agentes que agiram de forma desproporcional.

Grande parte das vias centrais de Istambul foi bloqueada pela polícia, enquanto várias linhas de transporte público foram fechadas
Grande parte das vias centrais de Istambul foi bloqueada pela polícia, enquanto várias linhas de transporte público foram fechadas
Foto: AP

Neste sábado, a polícia reprimiu pelo segundo dia consecutivo uma manifestação no centro de Istambul. Os violentos incidentes, registrados na sexta-feira, quando a polícia dispersou com bombas de gás lacrimogêneo uma manifestação, deixaram dezenas de feridos. Trata-se de um dos maiores protestos já registrados até agora contra o governo islamita de Erdogan, que muitos de seus opositores consideram conservador e autoritário.

A versão online do jornal Hürriyet, que cita fontes policiais, informou hoje que 81 pessoas já foram detidas nos violentos confrontos entre os manifestantes e as forças de ordem, além de um considerável aumento no número de feridos. O que começou há quatro dias como um camping para salvar o parque Gezi, adjacente à Praça Taksim, se transformou em um conflito social após uma ação de despejo na madrugada de ontem e, atualmente, aparece como um desafio político ao governo turco.

Em pronunciamento neste sábado, Erdogan afirmou que a polícia permanecerá na praça Taksim para manter a ordem e o governo não recuará no projeto urbanístico que originou os protestos. Erdogan também pediu que os manifestantes "parem imediatamente com os protestos" para não prejudicar "os visitantes, pedestres e comerciantes".

"A polícia esteve ontem, está de serviço hoje e estará novamente amanhã porque a praça Taksim não pode ser um lugar onde os extremistas fazem o que querem", declarou Erdogan em um discurso em Istambul. "Vamos reconstruir o quartel militar" previsto no projeto de remodelação da praça Taksim, disse Erdogan.

Com informações de agências internacionais.

Fonte: Terra
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