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Europa

Premiê turco condena ação militar contra manifestantes egípcios

27 jul 2013 - 19h43
(atualizado às 20h10)
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O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, condenou a intervenção das Forças Armadas egípcias que provocaram neste sábado dezenas de mortes no Cairo. "Mataram a democracia. Mataram a vontade do povo. Agora também matam o povo. Gritamos para todo o mundo: acham que podem matar milhões de egípcios? Quantos querem matar?", disse o líder político em discurso.

"Sejam quantos forem, saibam que a verdade, cedo ou tarde triunfará", completou o primeiro-ministro. Erdogan se baseou inicialmente em números divulgados Irmandade Muçulmana - grupo ao qual o ex-presidente egípcio Mohammed Mursi pertenceu até tomar posse da presidência - que apontavam para 200 mortos e 4,5 mil feridos. A organização depois reduziu o número para 66 mortos e 700 feridos.

"Onde está a Europa e seus valores democráticos? Onde está a ONU? Diante do massacre no Egito e do golpe de Estado, onde estão os que fizeram tanto barulho pelo emprego totalmente legal de gás lacrimogêneo na Turquia?", indagou Erdogan. O primeiro-ministro também acusou a imprensa estrangeira, "como BBC e CNN", que transmitiram ao vivo as manifestações em Istambul, sem mostrar o que acontece no Egito.

Erdogan reafirmou que a Turquia não reconhece o governo interino egípcio, considerando que Mohammed Mursi segue sendo o presidente legal do país africano.

Enquanto isso, em cidades como Istambul e Ancara, manifestações aconteceram contra a repressão no Egito. Os atos foram convocados por uma organização islâmica de ajuda humanitária.

EFE   
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