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Europa

Premiê espanhol nega renúncia após escândalo de corrupção de seu partido

15 jul 2013 - 14h37
(atualizado às 14h40)
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O presidente de governo da Espanha, Mariano Rajoy, declarou nesta segunda-feira que o Estado de Direito "não se submete à chantagem" e garantiu que cumprirá seu mandato, mesmo diante dos pedidos da oposição para que renuncie devido à divulgação de seu suposto envolvimento no caso de corrupção do Partido Popular (PP).

"Isto é uma democracia séria, e as instituições não se submetem à chantagem", disse Rajoy ao assegurar que há na Espanha "um governo estável que vai cumprir com sua obrigação".

Em entrevista coletiva, Rajoy se pronunciou sobre a pressão da oposição para sua renúncia, após as revelações do ex-tesoureiro do PP, Luis Bárcenas, de que o presidente estaria ciente da existência de um suposto caixa dois do seu partido e de salários extras à altos cargos da formação.

"Um presidente do governo não pode estar se pronunciando todos os dias por causa de insinuações, rumores ou informações tendenciosas de todo o tipo que vão sendo publicadas por aí", disse Rajoy ao referir-se aos documentos divulgados pelo jornal "El Mundo", que envolviam o presidente no caso Bárcenas.

O jornal publicou no último domingo mensagens telefônicas supostamente trocadas por Rajoy e Bárcenas, que testemunhou mais uma vez hoje perante o juiz Pablo Ruz, responsável pelo caso, que decretou o ex-tesoureiro prisão sem direito à fiança no dia 27 de junho.

Rajoy garantiu que cumprirá o mandato até dezembro de 2015 e que "se outros querem apelar, é responsabilidade de cada um".

O presidente de governo da Espanha também ressaltou que as diferentes instituições do país "atuam com independência" neste caso.

Os pilares mais importantes da Espanha neste momento são o programa de reformas do governo e a estabilidade política, disse Rajoy ao afirmar que "não vou permitir" que esses projetos "sofram danos".

Mariano Rajoy se pronunciou hoje aos jornalistas acompanhado do primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, ao término da IX Cúpula Hispano-Polonesa.

EFE   
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