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Europa

Premiê britânico inicia viagem pela Europa com posição firme sobre reforma da UE

28 mai 2015 - 09h54
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A União Europeia precisa alterar seus tratados de fundação para acomodar a posição da Grã-Bretanha em prol da renegociação, disse o secretário britânico de Relações Exteriores, Philip Hammond, nesta quinta-feira, alertando que o país precisa de um bom acordo para convencer os eleitores sobre a permanência no bloco.

Premiê holandês, Mark Rutte, ao lado do premiê britânico, David Cameron, em Haia. 28/05/2015
Premiê holandês, Mark Rutte, ao lado do premiê britânico, David Cameron, em Haia. 28/05/2015
Foto: Toussaint Kluiters / Reuters

Hammond fez a declaração enquanto o primeiro-ministro David Cameron iniciava dois dias de turnê europeia para tentar conquistar o apoio de outros líderes da UE às reformas que ele prometeu fazer antes da realização até o final de 2017 de um referendo na Grã-Bretanha sobre a permanência do país na UE.

"Se os nossos parceiros não concordarem conosco, não trabalharem conosco para esse pacote (de reformas), então nós não descartamos nada", disse Hammond à rádio BBC. "O conselho que temos é que vamos precisar de uma alteração dos tratados", disse Hammond, explicando que isso é necessário para tornar irreversíveis e a salvo de questionamentos legais as mudanças que Cameron pretende estabelecer.

Cameron tem várias demandas, cujo cerne é recuperar poderes hoje em mãos da UE para permitir que a Grã-Bretanha se exclua daquilo que considera ser uma mudança perigosa em direção a uma maior integração política.

Cameron deve se reunir nesta quinta-feira com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, em Haia, e o presidente francês, François Hollande, em Paris, antes de ir para Varsóvia e Berlim na sexta-feira.

Antes das conversações entre Cameron e Hollande, o chanceler francês, Laurent Fabius, disse que a França iria ouvir Cameron porque deseja que a Grã-Bretanha permaneça na UE e está pronta a levar em consideração alguma reforma, se for benéfica a todos. Mas Fabius advertiu que a estratégia de Cameron é "muito arriscada" e disse que seu governo não vai endossar nada que signifique o "desmantelamento" da UE.

(Reportagem adicional de Michael Holden, em Londres, e John Irish, em Paris)

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