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Mundo

Polícia norueguesa prende brevemente suspeitos de duplo atentado

24 jul 2011 - 09h00
(atualizado às 10h05)
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A Polícia norueguesa deteve neste domingo várias pessoas em uma operação especial realizada em uma casa nos arredores de Oslo por suspeitas de estarem relacionadas ao duplo atentado de sexta-feira, que deixou pelo menos 92 pessoas na capital do país e na ilha vizinha de Utoya.

A princesa Mette-Marit se emociona ao conversar com familiares de vítimas do massacre na ilha de Utoya
A princesa Mette-Marit se emociona ao conversar com familiares de vítimas do massacre na ilha de Utoya
Foto: Reuters

Equipes especiais das forças de segurança participaram da operação, que cercou uma casa em um distrito industrial. "Não foram encontrados explosivos e as pessoas detidas já foram liberadas", precisou a polícia, após uma operação no bairro de Sleteloeka. Segundo o depoimento de vizinhos, seis pessoas chegaram a ser detidas num prédio ao fundo de um estacionamento. "Não foram estabelecidos quaisquer vínculos entre essas pessoas e as ações terroristas", informou posteriormente a polícia, em comunicado.

Neste domingo, a polícia afirmou que o suposto autor do duplo atentado na Noruega, Anders Behring Breivik, agiu sozinho e supostamente postou imediatamente antes de suas ações um manifesto islamófobo e anticomunista na internet.

Além das 92 pessoas mortas no atentado do centro de Oslo e no posterior ataque do acampamento de verão da ilha de Utoya, outras 97 pessoas ficaram feridas nos ataques. A Polícia analisa agora o documento intitulado "2083 A European Declaration of Independence", em inglês e de 1.500 páginas, em que entre outras coisas declarava "guerra de sangue" contra imigrantes e marxistas e que foi postado na internet na sexta-feira.

"Acho que é o último texto que vou escrever. Hoje é sexta-feira, 22 de julho, 12h51", terminava o manifesto. Duas horas e meia mais tarde, explodiu a bomba no complexo governamental de Oslo, em que morreram 7 pessoas, ao quais seguiu o massacre da ilha, com outras 85 vítimas fatais.Segundo explicou seu advogado, o suspeito declarou à polícia que o massacre que perpetrou era "cruel, mas necessário". O norueguês é ligado a grupos ultradireitistas, fundamentalistas cristãos e islamófobos e reconheceu perante as forças de segurança que esteve por trás da tragédia da ilha de Utoya, na qual morreram baleadas 85 pessoas, em sua maioria adolescentes.Assim o explicou seu advogado, Geir Lippestad, conhecido por ter defendido famosos neonazistas, em entrevista ao canal de televisão TV 2, na qual apontou que o suspeito declarou perante a polícia durante horas. "Ele explicou a seriedade do assunto, a incrível amplitude de feridos e mortos. Sua reação foi assumir que era cruel executar esses assassinatos, mas na sua opinião isto era necessário", disse Lippestad, confirmando o nome do suspeito, um extremo que até o momento só a imprensa local tinha feito.

Acrescentou que Behring não negou nada do que fez e se prestou a colaborar com a investigação, "fornecer evidências", assim como o motivo que o levou a perpetrar o massacre.

Tragédia na Noruega

A Noruega viveu na última sexta-feira, dia 22, a maior tragédia do país desde a Segunda Guerra Mundial. Dois atentados deixaram, até o momento, um saldo de 92 mortos. Primeiro, uma bomba explodiu no centro da capital, Oslo, na região onde estão localizados vários prédios governamentais, inclusive o escritório do premiê, Jens Stoltenber. Sete pessoas morreram, mas a polícia admite possa haver corpos não resgatados nos prédios.

A segunda tragédia aconteceu em uma ilha próxima da capital, Utoya. Lá, Anders Behring Breivik, um homem de 32 anos vestido com uniforme da polícia, abriu fogo contra jovens reunidos em um acampamento de verão. Ao menos 85 morreram. A maioria pelos tiros disparados. Alguns outros morreram afogados após tentarem fugir nadando. Ele foi detido logo depois, pela polícia, e admitiu o crime. O atirador - que é ligado à extrema-direita - também tem envolvimento no ataque em Oslo.

Com informações de agências internacionais.

Fonte: Terra
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