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Europa

Polícia espanhola desmantela rede internacional de imigração clandestina

10 ago 2013 - 09h46
(atualizado às 10h16)
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A polícia espanhola anunciou neste sábado a prisão na Espanha e na França de 75 membros de uma rede internacional que introduzia ilegalmente imigrantes chineses na Europa e nos Estados Unidos com passaportes falsos.

"Há um total de 75 pessoas detidas, 51 na Espanha e 24 na França, entre elas os líderes máximos na Europa da organização, localizados em Barcelona", disse em um comunicado a polícia, que realizou uma investigação conjunta com os corpos de segurança franceses.

Os membros desta rede "cobravam entre 40 e 50 mil euros para transportar sob identidades falsas cidadãos chineses aos Estados Unidos e a países como Espanha, França, Grécia, Itália, Reino Unido, Irlanda e Turquia".

A polícia espanhola, que indicou que esta rede também servia em determinadas ocasiões para a exploração sexual de imigrantes, anunciou ter apreendido 81 passaportes falsos de países asiáticos como Taiwan, Coreia do Sul, Malásia, Japão, Hong Kong e Cingapura.

A investigação sobre esta complexa organização, segundo a polícia, começou em julho de 2011.

"A própria composição da organização, perfeitamente estruturada, hierarquizada, com seu máximo responsável assentado na China e células independentes estabelecidas e operando em diferentes países com o máximo hermetismo dificultou as investigações", destacou no comunicado.

A rede buscava na China candidatos para sair do país e, em troca de 40 ou 50 mil euros, fornecia a eles passaportes falsos e mobilizava "atravessadores" que acompanhavam os imigrantes ao longo da viagem.

Estes "atravessadores", provenientes principalmente de China e Malásia, eram membros de plena confiança da organização e conheciam perfeitamente os aeroportos e cidades europeias percorridos durante a transferência dos imigrantes, explicou a polícia.

Quando a missão era cumprida, retornavam imediatamente aos seus respectivos países "com o objetivo de dificultar sua localização".

A "última escala" desta grande viagem era a Espanha, que "era o trampolim em direção ao destino final, normalmente Reino Unido ou Estados Unidos". Durante a chegada ao aeroporto de Barcelona, "colaboradores da organização se encarregavam de recebê-los e de fornecer alojamentos seguros".

O trajeto escolhido para chegar da China e os documentos utilizados para viajar "mudavam constantemente em função dos sucessos ou fracassos obtidos em viagens anteriores, das necessidades do mercado ou das formas para evitar a detecção dos 'passageiros'".

Os imigrantes recebiam instruções precisas para passar despercebidos durante os controles fronteiriços, entre elas a de se misturar a um grupo de turistas.

Além dos líderes europeus da rede, presos em Barcelona, a polícia deteve 49 pessoas em diferentes aeroportos espanhóis, entre eles Barcelona, Madri, Málaga e Palma de Maiorca, assim como 24 pessoas na França.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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