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Europa

Planos de ataque à Síria desafiam direito internacional, diz Rússia

29 ago 2013 - 04h46
(atualizado às 10h59)
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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia considera os planos de alguns de países de lançar um ataque militar contra a Síria um "aberto desafio" às normas do direito internacional e dos princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas.

Assim declarou o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Gennady Gatilov, ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moom, em uma reunião realizada ontem em Haia, segundo um comunicado divulgado nesta quinta pelo ministério citado.

"Na etapa atual é preciso utilizar ao máximo o instrumental político-diplomático e, em primeiro lugar, permitir que os observadores das Nações Unidas averiguem os possíveis casos de uso de armas químicas na Síria, que terminem seu trabalho e que informem de seus resultados ao Conselho de Segurança da ONU", citou Gatilov.

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AFP

Acompanhe a cobertura exclusiva do Terra através do trabalho dos jornalistas Tariq Saleh e Mauricio Morales. Sediado no Líbano, país vizinho e sensível à crise síria, Saleh conversou com sírios, visitou refugiados e ouviu analistas para acompanhar o desenrolar de um conflito complexo e com desfecho ainda incerto. Enviado especial para o conflito, Morales passou dias com rebeldes para conhecer sua visão do conflito.

Na reunião com Ban, o vice-ministro russo ressaltou que "os planos de atacar militarmente à Síria que declaram alguns Estados constituem um aberto desafio às normas do direito internacional e aos princípios fundamentais da ONU".

Moscou advertiu que uma intervenção militar na Síria sem o mandato da ONU teria consequências catastróficas não só para o país árabe, mas para toda a região do Oriente Médio e o norte da África.

As autoridades russas não dão crédito às denúncias da oposição síria que no último dia 21 de agosto as tropas do regime de Bashar al Assad lançaram um ataque com armas químicas nos arredores de Damasco, uma ação, que, de acordo com a oposição, teria causado mais de 1,3 mil mortes.

Segundo as autoridades russas, essas denúncias se mostram como uma provocação que procura servir de pretexto para uma intervenção militar internacional na Síria e decantar a sorte do conflito a favor da oposição que combate o regime de Assad.

EFE   
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