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Europa

Pivô de escândalo com Berlusconi chora e nega ser prostituta

Marroquina conhecida como Ruby diz que sofreu "violência psicológica" por parte dos advogados do caso

4 abr 2013 - 08h34
(atualizado às 09h34)
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A jovem marroquina Karima el-Mahroug, que motivou a abertura do processo por abuso de poder e prostituição de menores contra o ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi, disse nesta quinta-feira, em frente ao Tribunal de Milão, que não é uma "prostituta" e que os juízes devem escutá-la.

A jovem, conhecida como Ruby e frequentadora das festas na residência do líder conservador, afirmou aos jornalistas nas escadas do tribunal que "para bater nos meios de comunicação, Berlusconi me causou prejuízo".

Ruby, 20 anos, garantiu que nunca manteve relações sexuais em troca de dinheiro "e jamais com Silvio Berlusconi", a quem os promotores acusam de ter feito sexo com a jovem marroquina quando ela era menor de idade. No processo aberto contra Silvio Berlusconi pelo caso "Ruby", a jovem disse que não foi chamada para depor e que ninguém quer escutar sua verdade, "a única possível".

"Agora me arrependo da bobagem que fiz ao dizer que era parente de Mubarak", revelou aos jornalistas. Desta maneira, a jovem marroquina assumiu ser a autora da fantasia sobre o parentesco com o ex-presidente do Egito Hosni Mubarak.

Em 2010, Ruby foi levada para uma delegacia de Milão por ter cometido um pequeno roubo. A acusação de "abuso de poder" contra Berlusconi se baseia na ligação que o então primeiro-ministro fez para exigir a libertação de Ruby e na qual argumentou que a menina era sobrinha de Mubarak.

Rodeada pelos jornalistas, a jovem marroquina afirmou que hoje compreendeu "que há em curso uma guerra contra Berlusconi e eu fui envolvida, mas eu não quero que minha vida seja destruída". A jovem denunciou ter sofrido "violência psicológica" por parte dos advogados e após ler um comunicado pediu que agora fosse chamada para depor.

Ruby contou que os promotores de Milão queriam que ela acusasse o ex-primeiro-ministro. Segundo a jovem, os advogados tinham uma "atitude aparentemente amistosa, que mudou progressivamente quando ficou claro que não acusaria Silvio Berlusconi".

"A culpa do meu sofrimento é também dos promotores, que movidos por intenções que não correspondem a valores de justiça, me atribuíram a qualificação de prostituta, apesar de ter negado sempre ter mantido relações sexuais pagas e, principalmente, com Silvio Berlusconi".

O ex-primeiro-ministro foi internado em um hospital há algumas semanas "por problemas oculares" e seus advogados pediram o adiamento das audiências do caso Ruby no tribunal de Milão.

EFE   
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