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Europa

Pesquisa mantém incerteza no resultado das eleições alemãs

19 set 2013 - 18h04
(atualizado às 19h35)
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Apesar das pesquisas divulgadas nesta quinta-feira apontarem grande vantagem do partido da chanceler Angela Merkel sobre a oposição, o resultado das eleições de domingo na Alemanha continua sendo bastante incerto.

O último "Politbarometer" da emissora pública nacional "ZDF", divulgado pouco antes das dez da noite (17h de hoje em Brasília), dá a União Democrata-Cristã (CDU), de Merkel, 40% dos votos e 5,5% aos parceiros minoritários liberais. Na oposição, o Partido Social-Democrata Alemão (SPD) teria 27%, os Verdes 9% e 8,5% da Esquerda, o que no total representaria 44,5%.

Os números indicam um empate técnico entre os blocos, com o agravante de os liberais continuarem à beira do precipício porque poderiam - levando em conta a margem de erro - ficar fora do Bundestag (Câmara dos Deputados) por não alcançar os 5% mínimos da cláusula de barreira para ter representação. O primeiro partido eurocético alemão, Alternativa para a Alemanha (AfD) teria somente 4% dos votos, fora do Legislativo, apesar do aumento percebido nas últimas semanas.

Os números do "Politbarometer" deixam muitas dúvidas em torno das possíveis coalizões que poderiam ser formadas após as eleições de 22 de setembro, em que podem votar 62 milhões de alemães.

A CDU reiterou seu interesse em reeditar sua atual coalizão com os liberais, mas se eles ficarem de fora do Bundestag o partido de Merkel precisará buscar apoios fora de sua esfera política de conforto. Já o SPD garantiu que só pactuará para formar governo com os Verdes, uma combinação que em nenhuma pesquisa obteve maioria.

Por causa disso tem ganhado força entre os analistas a possibilidade de uma "grande coalizão" entre CDU e SPD. Esta é uma possibilidade rejeitada pelos dois grandes partidos, mas que já aconteceu - e com relativo sucesso e estabilidade - entre 2005 e 2009, na primeira legislatura de Merkel, que teve o atual candidato social-democrata, Peer Steinbrück, como ministro das Finanças.

Outras possibilidades mais remotas - e inéditas em nível federal - seriam uma coalizão tripartite de esquerda incluindo a Esquerda, um partido de dissidentes social-democratas, e pós-comunistas ou uma coalizão da CDU com os Verdes.

EFE   
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