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Mundo

Perdão do Papa a mordomo é "muito provável", diz porta-voz

6 out 2012 - 09h18
(atualizado às 12h50)
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É "muito provável" que o papa Bento XVI perdoe seu ex-mordomo Paolo Gabriele, condenado neste sábado a um ano e meio de prisão pelo caso Vatileaks, declarou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

O ex-mordomo Paolo Gabriele (centro) ouve o tribunal no Vaticano
O ex-mordomo Paolo Gabriele (centro) ouve o tribunal no Vaticano
Foto: Reuters

A possibilidade "de um perdão é muito concreta e muito provável", declarou à imprensa o padre Lombardi, após a condenação de Paolo Gabriele a três anos de prisão por roubo agravado, pena imediatamente reduzida pela metade em razão de seus bons antecedentes e de seus serviços prestados à Igreja.

"O Papa pode conceder seu perdão, mesmo que não seja solicitado formalmente", afirmou o padre Lombardi, explicando que o Papa "recebe informações sobre o processo, o que o permite analisar sua posição". O porta-voz, que classificou a pena de "leve" e justa", disse que Paolo Gabriele ainda é mantido em prisão domiciliar, como antes do julgamento.

Sua advogada Cristiana Arru "tem três dias para apresentar uma apelação e, em seguida, terá mais alguns dias para indicar as motivações dessa apelação", afirmou.

Perguntado se Gabriele iria para a prisão ou seria beneficiado por uma liberdade condicional, o porta-voz indicou que sua situação futura depende, antes de tudo, de uma eventual apelação da defesa e de um perdão do Papa.

O porta-voz ressaltou que o procurador, durante o processo, havia indicado claramente "que não havia prova alguma de cumplicidade operacional ou moral" de outras pessoas com Gabriele. Essa questão, disse Lombardi, é importante "para que não se continue (na imprensa) a atribuir as responsabilidades" a outros.

A tese segundo a qual Gabriele teria cúmplices foi levantada com frequência nos últimos meses, com o jornalista Gianluigi Nuzzi chegando a indicar, em seu livro Sua Santita - contendo os documentos fornecidos por Gabriele - cerca de 20 possíveis outros "gargantas profundas".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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