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Europa

Parlamento russo aprova proibição de adoção de crianças por americanos

26 dez 2012 - 10h16
(atualizado às 15h26)
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A Câmara alta do Parlamento russo aprovou por unanimidade nesta quarta-feira um projeto de lei que proíbe os norte-americanos de adotar crianças russas, em retaliação a uma lei dos Estados Unidos que pune russos acusados de violação dos direitos humanos.

A polícia impediu manifestantes que protestavam no centro de Moscou contra o projeto
A polícia impediu manifestantes que protestavam no centro de Moscou contra o projeto
Foto: AP

O projeto de lei, que o presidente Vladimir Putin já deu a entender que vai assinar, também torna ilegais organizações não-governamentais financiadas por norte-americanos, impede a concessão de vistos a cidadãos dos EUA acusados de violar os direitos dos russos e congela os seus bens.

A decisão é uma resposta da Rússia à Lei Magnitsky, medida assinada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, no início deste mês, a qual barra a entrada no país de russos acusados de violações de direitos humanos e congela quaisquer bens que tiverem lá.

O Conselho da Federação, a câmara alta do Parlamento russo, aprovou o projeto de lei por 143-0. A medida foi condenada por ativistas e opositores do Kremlin que acusam os parlamentares de fazer jogo político com as vidas das crianças.

Putin já sinalizou que endossará o projeto, apesar de críticas de alguns funcionários do governo, que raramente manifestam discordância em público, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e um vice-primeiro-ministro, que alertou Putin para o risco de violar acordos internacionais.

A lei dos EUA e a resposta russa estão aumentando a tensão nas relações entre os dois países, já difíceis por desentendimentos em questões como o conflito na Síria, o tratamento dado por Putin a adversários e as restrições impostas a organizações não-governamentais desde que o presidente iniciou um novo mandato, em maio.

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