PUBLICIDADE

Europa

Parlamento italiano aprova nova lei eleitoral

4 mai 2015 - 14h48
(atualizado às 14h48)
Compartilhar
Exibir comentários

O Parlamento italiano aprovou nesta segunda-feira uma nova lei eleitoral, concebida para assegurar a estabilidade política em um país assolado por décadas de revezamento governamental.

A nova lei foi aprovada no início da noite de segunda-feira pelos deputados italianos com uma maioria de 334 votos 'sim', 61 'não' e quatro abstenções. A oposição optou por não votar.

"Engajamento mantido, promessa respeitada. A Itália precisa daqueles que nem sempre dizem não. Avante com humildade e coragem", reagiu no Twitter Matteo Renzi, o chefe do governo italiano, um forte defensor desta lei.

O novo sistema de votação garante uma maioria de cerca de 55% dos assentos (340 dos 630 no total) da Câmara dos Deputados ao partido que vencer as eleições, o que é uma verdadeira revolução cultural em um país acostumado a coalizões heterogêneas e instáveis.

Este texto tem sido fortemente criticado por parte da oposição e mesmo dentro do Partido Democrático (PD, esquerda no poder) de Matteo Renzi, que denuncia uma mudança anti-democrática.

Pippo Civati, líder da minoria anti-Renzi dentro do PD, considerou que a lei conduzirá a um governo de um só homem, um dos grandes temores dos críticos do atual governo italiano.

Como outros dissidentes do PD, ele indicou ter votado 'não' nesta segunda-feira.

"A nova lei eleitoral inclui um grande elemento de clareza: será evidente durante cinco anos saber quem governa", e esta "estabilidade política é um pré-requisito para a inovação econômica", ressaltou Renzi aos operadores da bolsa de Milão.

A nova lei eleitoral, que deverá entrar em vigor em 2016, prevê fornecer a maioria dos assentos ao partido e não a coalizão de partidos que obtiver pelo menos 40% dos votos no primeiro turno das eleições legislativas.

Se nenhum partido alcançar esta meta, um segundo turno será realizado duas semanas depois entre as duas partes que liderarem, para determinar quem irá beneficiar da maioria.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade
Publicidade