PUBLICIDADE

Europa

Para Zapatero, cessar-fogo pode significar fim do ETA

26 set 2011 - 10h08
(atualizado às 10h40)
Compartilhar

O presidente espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, afirmou nesta segunda-feira que o anúncio da ETA de aderir ao acordo de um cessar-fogo "permanente, unilateral e verificável" pela comunidade internacional é "um passo significativo para o fim da violência".

"Com toda a prudência que este assunto exige, estamos sem dúvida nos aproximando desse momento", disse Zapatero na Moncloa, sede do Governo espanhol e residência do chefe do Executivo.

Para o presidente, durante três décadas o terrorismo da ETA foi a principal preocupação da sociedade espanhola e "fez sofrer a todos os espanhóis". Ele acredita que a proximidade do fim do grupo é resultado de um esforço coletivo entre todos os democratas e o governo.

"Quando temos a convicção de que o fim está próximo, temos que aumentar a responsabilidade e fazer bem as coisas", concluiu Zapatero.

O líder do conservador Partido Popular (PP), o principal da oposição na Espanha, Mariano Rajoy, disse nesta segunda-feira que não aprecia "mudanças substanciais" no anúncio dos presos da ETA e afirmou que sua única expectativa é a dissolução do grupo terrorista.

Neste domingo, os presos da ETA manifestaram sua adesão ao chamado acordo de Guernika, anunciado em setembro de 2010 pelos grupos da esquerda basca de tendência independentista. No documento do acordo, a esquerda independentista basca pedia à ETA "um cessar-fogo permanente, unilateral e verificável" pela comunidade internacional.

A organização terrorista, que defende a independência do País Basco pelo uso de armas, declarou cessar-fogo em 8 de janeiro. Entretanto, o Governo e as forças políticas espanholas consideraram a declaração insuficiente, já que não incluía a decisão de abandonar a violência de forma definitiva.

A declaração de cessar-fogo acontece em um momento de progressivo enfraquecimento do grupo armado, que sofreu com o desmantelamento sucessivo de sua cúpula nos últimos anos, com a detenção de seus líderes e mais de 400 presos desde 2007.

EFE   
Compartilhar
Publicidade