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Europa

Para juiz, Putin 'provavelmente aprovou' morte de espião

21 jan 2016 - 09h16
(atualizado às 09h17)
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Foto: EFE

A Justiça britânica concluiu, em inquérito público, que a morte do ex-agente secreto Alexander Litvinenko "provavelmente foi aprovada" pelo presidente russo, Vladimir Putin, e realizada pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em russo) .

Litvinenko morreu em novembro de 2006, cerca de três semanas após beber um chá envenenado com uma dose fatal de polônio-210 em um hotel em Londres. Em relatório divulgado nesta quinta-feira (21) o juiz Robert Owen explicou que "a operação do para matar Litvinenko foi provavelmente aprovada por [Nikolai] Patrushev, diretor do FSB na época, e também pelo presidente Putin".

Owen ouviu dezenas de pessoas próximas ao caso e teve acesso a informações coletadas pelo Serviço de Inteligência britânico, o MI6, antes de divulgar seu parecer sobre o caso, que tem mais de 300 páginas. Sua viúva, Marina Litvinenko, disse a jornalistas estar muito feliz que "as palavras que meu marido disse em seu leito de morte, quando acusou Putin, tenham sido provadas pela Justiça britânica".

O caso criou tensões diplomáticas entre a Rússia e o Reino Unido. Em nota, o Kremlin disse que o encerramento do caso acontece "de forma ilegítima e incivilizada". A porta-voz da Chancelaria russa, Maria Zakharova, lamentou que "um caso puramente criminoso tenha sido politizado" e declarou que a investigação não foi "transparente para Rússia ou para o público em geral".

Histótico - Litvinenko, um ex-espião da KGB que fugiu para o Reino Unido nos anos 2000 se tornou uma das maiores vozes de crítica ao Kremlin nos anos seguintes. Ele acusava Putin de ter ligações com o crime organizado.

As autoridades de Moscou sempre negaram seu envolvimento na morte do ex-espião e se recusam a extraditar os dois principais suspeitos do caso, Andrei Lugovoi e Dmitri Kovtun.

Fonte: Ansa
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