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Europa

Papa: Igreja não pode "interferir espiritualmente" na vida dos gays

Novas declarações de Francisco foram publicadas em uma revista jesuíta

19 set 2013 - 12h33
(atualizado às 15h15)
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<p>Papa Francisco chega para conduzir sua audiência de quarta-feira na praça de São Pedro, no Vaticano, no último dia 4</p>
Papa Francisco chega para conduzir sua audiência de quarta-feira na praça de São Pedro, no Vaticano, no último dia 4
Foto: Tony Gentile / Reuters

O Papa disse que a Igreja tem o direito de expressar suas opiniões, mas não pode "interferir espiritualmente" nas vidas de gays e lésbicas. Em uma entrevista divulgada nesta quinta, Francisco afirmou também que as mulheres deveriam ter papel nas decisões da Igreja e desconsiderou as críticas daqueles que dizem que ele deveria lutar contra o aborto e o casamento entre homossexuais. 

A entrevista, divulgada hoje pela revista La Civiltà Cattolica e traduzida em diferentes línguas (leia na íntegra, em inglês), aprofunda a visão de Franciso a respeito da Igreja Católica Romana. Eric Marrapodi e Daniel Burke, comentaristas de religião da rede de TV americana, acreditam que os comentários do Papa não fere a política ou a doutrina católica, mas mostram um movimento que vai da censura ao engajamento (em relação à polêmica).

"A Igreja, às vezes, se fecha em si mesma em coisas pequenas, em regras pequenas", disse o chefe da Igreja de Roma. "As pessoas de Deus querem pastores, e não clérigos agindo como burocratas ou oficiais do governo", acrescentou. Segundo Francisco, se a Igreja falhar em achar equilíbrio entre as missões espiritual e política, "vai ruir como um castelo de cartas".

Sobre os divorciados e homossexuais, Francisco disse que "é preciso ter sempre em conta à pessoa" e acrescenta: "Deus acompanha às pessoas e é nosso dever acompanhá-las a partir de sua condição", mas o que deve ser feito com "com misericórdia". "Uma vez uma pessoa, para me provocar perguntou se eu aprovava a homossexualidade. Então respondi com outra pergunta 'Diga-me, Deus quando olha uma pessoa homossexual aprova sua existência com afeto ou a rejeita e a condena?'", relembrou.

No final de julho, quando voltava a Roma depois da Jornada da Juventude, realizada no Rio de Janeiro, Francisco já havia feito declarações parecidas. "Se a pessoa é gay, procura a Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgar?", disse o Papa na época.

Sobre o papel das mulheres na Igreja, o Pontífice afirmou que "é necessário ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja, temo a solução do 'machismo com saias' porque a mulher tem uma estrutura diferente do homem, mas os discursos que ouço sobre a mulher frequentemente se inspiram em uma ideologia machista". "As mulheres estão formulando questões profundas que devemos enfrentar. A Igreja não pode ser ela mesma sem a mulher e o papel que desempenha. A mulher é indispensável". 

Com informações da agência EFE

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Fonte: Terra
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