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Mundo

Países nórdicos lideram luta contra miséria infantil, diz Unicef

29 mai 2012 - 10h30
(atualizado às 10h50)
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Entre os países ricos, são os países nórdicos que parecem lutar mais eficazmente contra a pobreza infantil, ressalta um relatório do Unicef divulgado nesta terça-feira. Este relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância compara dois tipos de pobreza nas economias mundiais mais avançadas: uma baseada na privação das crianças, a outra medindo a pobreza relativa.

Com base em dados de 2009, ignora as consequências da crise econômica. O primeiro critério de comparação, um índice de privação, indica a proporção de crianças sem acesso a pelo menos duas das 14 variáveis consideradas normais (por exemplo, três refeições por dia ou frutas e legumes todos os dias). Resultado: nos 31 países europeus considerados, cerca de 15% das crianças são "privadas" de pelo menos dois elementos essenciais.

Os maiores índices de privação estão em países pobres, como a Romênia, Bulgária e Portugal (com mais de 70%, 50% e 27% respectivamente). Os países nórdicos possuem as menores taxas, inferiores a 3%.

Entre os 14 países mais ricos, dois têm uma taxa de privação infantil superior a 10%: França (10,1%) e Itália (13,3%). A França é, contudo, o país com o maior gasto público para crianças (3,7% do PIB contra 2,2% para a média dos países estudados), revela o relatório.

O segundo critério pesquisado é a pobreza relativa, o percentual de crianças que vivem em agregados familiares com rendas, ajustadas em função do tamanho e da composição familiar, inferiores a 50% da renda média no país onde vive. Novamente, os países nórdicos e a Holanda têm as menores taxas de pobreza relativa para as crianças, cerca de 7%.

Em contraste, mais de 20% das crianças da Romênia e dos Estados Unidos vivem na pobreza relativa. "A comparação entre países semelhantes mostra que as políticas governamentais podem ter um impacto significativo sobre as vidas das crianças", afirma o Unicef.

Por exemplo, a Dinamarca e a Suécia têm taxas de privação muito menor do que a Bélgica ou a Alemanha, embora esses quatro países possuam níveis semelhantes de desenvolvimento econômico e renda per capita.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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