PUBLICIDADE

Europa

Otan proporá à Rússia cooperação em escudo antimísseis

19 nov 2010 - 11h19
(atualizado às 11h46)
Compartilhar

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) proporá neste sábado à Rússia uma retomada da sua cooperação, incluindo a participação no escudo antimísseis para proteger todo o território europeu e em uma série de medidas relacionadas com a segurança.

Presidente afegão é recebido no aeroporto de Lisboa para participar da cúpula nesta sexta
Presidente afegão é recebido no aeroporto de Lisboa para participar da cúpula nesta sexta
Foto: AP

A proposta será feira durante a cúpula que os líderes aliados realizarão em Lisboa com o presidente russo, Dmitri Medvedev, e que a Otan espera que represente "um novo começo" para sua relação com a Rússia, marcada pelos altos e baixos desde os anos 1990.

O secretário-geral da Otan, o dinamarquês Anders Fogh Rasmussen, defendeu nesta sexta-feira a cooperação da Rússia em uma política de defesa antimísseis que possa criar "uma arquitetura de segurança comum na Europa", que "melhorará o ambiente de segurança no continente e em toda a região Atlântica".

Segundo fontes da organização, "não se pretende criar um sistema único, mas ver como é possível compatibilizar" o sistema aliado e o da Rússia. A aprovação do escudo defesa antimísseis na cúpula que os chefes de Estado e do governo dos 28 países da Otan começam nesta sexta-feira em Lisboa é uma das grandes apostas da organização para esta reunião.

A Otan e Rússia também farão um pacto para estreitar a cooperação em vários âmbitos relacionados ao Afeganistão, um dos quais será expandir o acordo de passagem de materiais através de território russo, que poderá incluir veículos blindados, embora deva continuar excluindo o trânsito de armas e munição.

Após a longa etapa de aberta rivalidade durante o período da Guerra Fria, a Otan e a Rússia aproximaram-se na década de 1990 e em 2002 iniciaram um Conselho conjunto, que desde então viveu altos e baixos e momentos de confronto, como o registrado no verão de 2008, durante a guerra da Geórgia.

EFE   
Compartilhar
Publicidade