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Europa

OCDE diz que usinas nucleares antigas não devem passar em teste

14 set 2011 - 11h06
(atualizado às 11h22)
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Reatores nucleares na Europa com mais de 40 anos de operação poderão ser fechados, dependendo dos resultados de um amplo teste de estresse no continente. O fechamento poderá ser necessário diante dos custos de segurança adicionais que tornarão os sistemas muito caros para continuarem operando.

"Acredito que teremos poucos reatores nos quais as decisões possam ser contestadas. No final, será exclusivamente uma decisão econômica", disse o presidente da Agência de Energia Nuclear da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ron Cameron, em entrevista a Reuters, nesta quarta-feira.

Reguladores europeus ordenaram um amplo de teste de estresse nas usinas nucleares após o acidente em Fukushima, no Japão, em março, que inclui testes do impacto de uma queda de avião, algo que não foi considerado nos testes que ocorreram nos Estados Unidos.

"É a adição desse ponto, sobre a aeronave, que deixaram os testes muito mais desafiadores", disse.

A publicação dos resultados preliminares deve ocorrer na quinta-feira.

A Grã-Bretanha é um dos poucos países europeus com um ambicioso novo programa nuclear, com seis novos reatores planejados até 2025.

A EDF Energy, subsidiária da francesa EDF, planeja construir quatro reatores no Reino Unido, sendo que o primeiro tem entrada em operação estimada para 2018.

Entretanto, o acidente em Fukushima adiou a programação, devido a atrasos regulatórios, e Cameron considera que a entrada em operação do primeiro reator dos novos planos da EDF no Reino Unido em 2020 é um prazo difícil.

A EDF Energy disse que anunciará a nova data revisada durante o outono do hemisfério norte.

O sistema de fornecimento de energia de back-up para resfriamento dos geradores nas usinas nucleares também levanta preocupações do setor. A falha desse sistema foi a principal razão para o derretimento de combustível em reatores de Fukushima.

Custos adicionais para garantir o sistema back-up de fornecimento de energia de emergência deverão aumentar a conta de investimentos em construção entre 5% e 10%, segundo Cameron.

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