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Europa

Obama e líderes europeus discutem situação da Ucrânia e segurança global

3 mar 2015 - 17h32
(atualizado às 17h32)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e líderes europeus realizaram uma videoconferência nesta terça-feira para discutir a crise na Ucrânia, e a França declarou que todos concordaram que uma "reação forte" será necessária se o cessar-fogo alcançado no mês passado em Minsk, capital de Belarus, for violado.

Tanque dos separatistas na região do aeroporto de Donetsk, leste da UCrânia, nesta terça-feira. 03/03/2015
Tanque dos separatistas na região do aeroporto de Donetsk, leste da UCrânia, nesta terça-feira. 03/03/2015
Foto: Baz Ratner / Reuters

A conversa entre Obama e os líderes de Grã-Bretanha, França, Alemanha e Itália, assim como o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, ocorreu às 13h30 (horário de Brasília) e também tratou de temas de segurança global, informou a Casa Branca.

A reunião virtual aconteceu ao mesmo tempo que o discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em uma sessão conjunta do Congresso, aparição que gerou polêmica por ter sido orquestrada pelos rivais republicanos de Obama.

A videoconferência se deu em meio à continuação da violência na Ucrânia, apesar de um acordo de cessar-fogo de duas semanas, enquanto os líderes ponderam o papel de observadores e tropas de paz e a possibilidade de novas sanções contra a Rússia pelo seu apoio aos rebeldes ucranianos.

Os EUA também afirmaram que ainda consideram a hipótese de enviar armas defensivas a Kiev. O gabinete do presidente francês, François Hollande, disse em comunicado que as partes reiteraram seu apoio ao acordo de Minsk.

"Eles concordaram que será necessária uma reação forte da comunidade internacional no caso de uma grande violação do processo posto em andamento em Minsk", segundo o comunicado.

A declaração ainda diz que as partes querem reforçar os recursos dos monitores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

Ucrânia e governos ocidentais vêm acusando a Rússia de enviar soldados e armas para ajudar os separatistas no leste ucraniano, apesar do acordo de paz firmado em 12 de fevereiro. Moscou nega oferecer tal apoio.

Nesta terça-feira, Kiev anunciou suas maiores baixas em vários dias: três efetivos ucranianos foram mortos e nove ficaram feridos quando rebeldes pró-Rússia bombardearam posições do governo.

No fim desta semana, o Parlamento da Ucrânia deve apoiar um pedido do presidente ucraniano, Petro Poroshenko, para que tropas de paz internacionais monitorem o conflito, mas a ideia foi recebida com frieza na Europa.

(Reportagem de Susan Heavey e Alexandria Sage)

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