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Europa

Obama diz que Reino Unido é "mais forte" se permanecer dentro da UE

22 abr 2016 - 14h38
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira que o Reino Unido é "mais forte" se permanecer dentro da União Europeia (UE), enquanto sustentou que se este país se isolar, poderia ficar "no final da fila" nos acordos comerciais.

Obama - que ressaltou durante uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, que só daria sua "opinião" - afirmou que este país "reforça sua segurança dentro da União Europeia", permanecendo no bloco de países.

Após sua reunião bilateral, Cameron disse que a relação "forte e essencial" entre Londres e Washington "nunca foi mais importante do que agora".

"Quando Estados Unidos e Reino Unido permanecem juntos, fazemos com que o mundo seja um lugar mais seguro e melhor", afirmou o presidente americano, que chegou ontem à noite a território britânico em uma visita de três dias, como parte de uma viagem internacional, após ter passado pela Arábia Saudita.

Obama, que conversou previamente sobre uma série de assuntos de interesse internacional com seu colega britânico na residência oficial de Downing Street, deu sua opinião sobre o plebiscito que o Reino Unido fará no próximo dia 23 de junho sobre a permanência ou saída deste país da UE.

Obama ressaltou que a questão europeia "é um assunto que os eleitores britânicos devem decidir", apesar de ter dado sua opinião a respeito, por considerar que essa troca de pontos de vista entre os dois países "faz parte da relação especial" que compartilham.

"Falando com sinceridade, o resultado dessa decisão (sobre o futuro do Reino Unido na UE) é um assunto de um profundo interesse para os Estados Unidos porque também afeta nossos projetos", disse o presidente americano.

Ele ressaltou que seu país "quer um Reino Unido forte como parceiro" e ressaltou que este país "é melhor quando ajuda a liderar uma Europa forte".

Segundo Obama, a permanência britânica dentro do bloco traz "benefícios econômicos extraordinários" e isto, acrescentou, "é bom para os Estados Unidos".

Segundo sua opinião, o Reino Unido não poderia estabelecer um acordo comercial com os EUA "em breve" se deixar a UE, devido ao interesse especial de Washington em chegar a um acordo com o bloco europeu.

"Sobre esse assunto, acredito que é justo dizer que poderia haver em algum momento um acordo comercial entre Estados Unidos e Reino Unido, mas não vai acontecer em breve porque nosso foco está em negociar com um grande bloco, a União Europeia, para conseguir um acordo comercial", argumentou o presidente americano.

UE e EUA negociam um acordo de livre-comércio e de investimentos (TTIP, na sigla em inglês), que querem concluir antes do fim do mandato de Obama.

Tanto Obama como seu colega britânico elogiaram a "relação especial" entre os dois países que lhes permitiu enfrentar desafios conjuntos, como a crise econômica e as sanções a Irã e Rússia.

Cameron disse que a "forte e essencial" relação com os EUA "nunca foi mais importante do que agora", quando enfrentam desafios como a luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) ou a mudança climática.

Obama destacou que "é a profundidade desta relação especial" que lhes permitiu "abordar grandes desafios", como a crise do ebola e o pacto nuclear com o Irã.

EFE   
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