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Europa

Novo líder catalão se compromete a busca independência da região da Espanha

20 jan 2016 - 10h57
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O presidente do Governo da Catalunha, Carles Puigdemont, se comprometeu nesta quarta-feira a levar essa região "às portas de um novo Estado, na forma de uma república independente" da Espanha, através de um processo que levaria um ano e meio.

Em seu primeiro comparecimento no parlamento regional após ser eleito chefe do Executivo catalão em 10 de janeiro, Puigdemont disse que pretende promover esse processo separatista "com todas as garantias, sem passos em falso, sem improvisações e permanentemente aberto ao diálogo".

Puigdemont informou a composição e a estrutura de seu gabinete, assim como suas prioridades nesta legislatura, que em princípio teria uma duração de ano e meio, de acordo com o roteiro independentista pactuado entre as formações nacionalistas Junts pel Si e CUP que o elegeram presidente da região da Catalunha.

Seu objetivo é o "planejamento, projeto e execução de todos os trabalhos do processo que deva nos colocar às portas do novo Estado, que queremos independente, em forma de república", indicou.

Nos últimos anos os nacionalistas catalães migraram para posições independentistas, proibidas pela Constituição espanhola de 1978, ao ponto de o Tribunal Constitucional anular, por considerar ilegal, a tentativa de convocar uma consulta separatista, e ameaçar agir contra os poderes públicos catalães que vão contra o ordenamento jurídico.

Contra o acordo entre o Junts pel Se e a CUP estão os outros quatro partidos com representação no parlamento regional catalão: Ciudadanos (liberais), PSC (socialistas), CSQP (esquerda) e PP (centro-direita). Seus porta-vozes criticaram hoje Puigdemont por querer quebrar as leis em vigor.

Inés Arrimadas, a porta-voz do Ciudadanos, o primeiro partido da oposição, advertiu que com suas pretensões independentistas o Executivo regional põe em perigo o nível de autogoverno alcançado pela Catalunha após décadas e, além disso, não representa a todos os cidadãos da região, de 7,5 milhões de habitantes.

Junts pel Se e a CUP não tiveram nas eleições maioria, e somaram pouco menos de 48% dos votos na eleição regional, em setembro.

EFE   
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