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Europa

Nobel à UE é 'brincadeira de mau gosto'; veja repercussão

12 out 2012 - 16h30
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A concessão do Prêmio Nobel da Paz à União Europeia (UE) nesta sexta-feira foi recebida com ressalvas por críticos do bloco e elogios de membros e aliados. O presidente da República Tcheca, Vaclav Klaus, ironizou a escolha do Comitê Nobel da Noruega. "O presidente não acredita e considera a escolha uma brincadeira de mau gosto", disse o porta-voz presidencial, Radim Ochvat, ao citar a reação do líder tcheco após saber da notícia.

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Na Grécia, partidos de esquerda apontam Bruxelas - onde o prêmio é concedido - como uma das responsáveis pela queda do bem-estar e pela perda dos direitos trabalhistas no continente. "A decisão do Comitê do Prêmio Nobel da Paz é uma hipocrisia que ofende os povos europeus em um momento em que são vítimas de uma guerra não declarada a todos os direitos sociais", denunciou em comunicado o Syriza, partido de esquerda que lidera a oposição grega. No mesmo sentido, o Partido Comunista rotulou a concessão do Nobel como "um prêmio à eliminação dos direitos trabalhistas".

Na Polônia, o ex-presidente e Prêmio Nobel da Paz de 1983, Lech Walesa, disse estar "surpreso e desiludido" pelo anúncio desta sexta-feira. "Concordo que a UE tenta mudar a Europa e tornar o mundo mais pacífico, mas se paga por isso", disse Walesa. Segundo ele, os ativistas, por sua parte, lutam a vida inteira só para defender uma ideia.

Já a russa Ludmila Alexéyeva, 85 anos, veterana ativista que concorria ao Nobel da Paz de 2012, criticou a concessão da premiação ao bloco europeu. "Não entendo como um prêmio de paz possa ser concedido à UE, cujos países participaram da Guerra do Iraque, da Guerra do Afeganistão e outros conflitos", disse.

Elogios à escolha

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, expressou "sinceras felicitações" à União Europeia pelo Nobel da Paz, classificando o bloco como "colaborador indispensável para as Nações Unidas".

"Não apenas a União Europeia realizou o sonho de seus fundadores de um continente unido e em paz, mas também se tornou um mecanismo para a integração, estabelecendo vínculos entre as nações e culturas, motivo pelo qual é um modelo a se seguir no mundo", considerou Ban.

Já o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, pediu, após a concessão do prêmio, que os países-membros prossigam com determinação o objetivo de uma UE mais solidária e aberta ao resto do mundo. "Espero que este importante reconhecimento dê mais força e convicção aos governos e aos cidadãos dos países-membros para continuar com determinação o objetivo de uma União Europeia unida, solidária e aberta ao resto do mundo", escreveu Monti.

Ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, elogiou a escolha e destacou que o "ideal de uma Europa que trabalha unida" perdura até hoje. "A realidade da Europa de hoje mudou, mas o ideal de uma Europa trabalhando unida perdura", ressaltou o político, que ficou no poder de 1997 a 2007.

Com agências de notícias.

Fonte: Terra
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