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Europa

No Twitter, Assange agradece ao Equador por asilo político

16 ago 2012 - 10h14
(atualizado às 12h49)
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Logo após o Equador conceder asilo político ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange agradeceu, em espanhol, a decisão em sua conta no Twitter. O australiano está abrigado na embaixada equatoriana em Londres desde o dia 19 de junho, para evitar que seja extraditado à Suécia, onde sofre acusações de agressão sexual e estupro.

Homem é preso durante manifestação de apoio a Julian Assange em frente à embaixada equatoriana em Londres. Policiais britânicos e manifestantes cantando slogans em apoio a Assange entraram em confronto do lado de fora da embaixada equatoriana nesta quinta-feira, após a Grã-Bretanha afirmar que poderia entrar no prédio para deter o fundador do WikiLeaks, que está abrigado no local
Homem é preso durante manifestação de apoio a Julian Assange em frente à embaixada equatoriana em Londres. Policiais britânicos e manifestantes cantando slogans em apoio a Assange entraram em confronto do lado de fora da embaixada equatoriana nesta quinta-feira, após a Grã-Bretanha afirmar que poderia entrar no prédio para deter o fundador do WikiLeaks, que está abrigado no local
Foto: AP

Em declarações aos funcionários da embaixada equatoriana em Londres, onde está refugiado há dois meses, Assange disse: "É uma vitória importante para mim e para minha gente. As coisas provavelmente ficarão mais estressantes agora".

Assange classificou o Equador como "valente nação independente latino-americana" por ter lhe concedido asilo. "Apesar de a decisão de hoje representar uma vitória histórica, nossos problemas acabam de começar. A investigação sem precedentes dos Estados Unidos contra o Wikileaks deve parar", disse o ativista, que será detido se abandonar a embaixada, pois violou as condições de prisão domiciliar no Reino Unido.

Após a confirmação da concessão de asilo por Quito, segundo fontes da embaixada do Equador, o australiano agradeceu "ao povo equatoriano, seu presidente Rafael Correa e seu governo", mas advertiu que "as coisas agora serão mais estressantes". "Não é nem o Reino Unido nem meu país natal, a Austrália, que está me protegendo dessa perseguição, mas uma valente nação independente latino-americana", disse.

Assange também considerou "importante" lembrar de Bradley Manning, o militar americano acusado de ser fonte do Wikileaks, "que está detido a mais de 800 dias sem ter sido julgado". "A tarefa de proteger o Wikileaks, seus empregados, seus simpatizantes e suas supostas fontes continua", acrescentou.

Ao mesmo tempo, a porta-voz do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, advertiu a Grã-Bretanha a não entrar na embaixada do Equador e Londres para prender Assange. "Estou feliz de que o Equador tenha decidido oferecer asilo a Julian Assange e que não tenha cedido à intimidação e à prepotência da Grã-Bretanha", declarou à AFP Hrafnsson por telefone da Islândia.

"Espero que a decisão seja resolvida de forma civilizada", completou."Tenho a esperança de que as autoridades britânicas sejam suficientemente sensatas para não entrar na embaixada sem permissão, o que poderia prejudicar as relações diplomáticas em todo o mundo", disse.

O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, anunciou nesta quinta-feira, em entrevista coletiva em Quito, que o seu país decidiu conceder asilo a Assange por temer que a sua segurança e vida estarão ameaçadas caso ele seja extraditado pela Suécia. Patiño afirmou que a decisão foi fundamentada pelo direito internacional e que espera que ela seja respeitada pelo Reino Unido.

Fonte: Terra
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