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Europa

"Não somos órfãos, mas filhos do mesmo pai", diz papa

15 mai 2016 - 07h59
(atualizado às 11h34)
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O papa Francisco disse neste domingo (15) que temos que "nos relacionar com os demais de um modo novo, não como órfãos, mas como filhos do mesmo pai", na homilia da missa por ocasião da festividade de Pentecostes realizada na Basílica de São Pedro.

Foto: Getty Images

Nesta realização, os católicos lembram a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos, que como disse o pontífice é um sinal do Senhor para "restabelecer nossa relação com o pai, destruída pelo pecado; nos separar da condição de órfãos e nos vermos como filhos".

"Podemos nos relacionar com os demais de um modo novo, não como órfãos, mas como filhos do mesmo pai bom e misericordioso. E isto faz com que tudo mude", disse.

"Podemos nos olhar como irmãos, e nossas diferenças farão com que multiplique a alegria e a admiração de pertencer a esta única paternidade e fraternidade".

Ao explicar o significado desta festividade, Francisco afirmou que "o Espírito é dado pelo pai e nos conduz ao pai. Toda a obra da salvação é uma obra que regenera, na qual a paternidade de Deus, mediante o dom do Filho e do Espírito, nos livra da orfandade na qual caímos".

Na solene missa perante milhares de pessoas na Basílica de São Pedro e concelebrada com os cardeais, bispos e sacerdotes da Cúria Romana, Francisco lamentou que "também em nosso tempo são constatados diferentes sinais de nossa condição de órfãos".

O papa citou então como exemplos "essa solidão interior que percebemos inclusive no meio da multidão, e que às vezes pode chegar a ser tristeza existencial".

Francisco também falou da "dificuldade para experimentar verdadeiramente e realmente a vida eterna, como plenitude de comunhão que germina aqui e que floresce depois da morte", assim como "da dificuldade para reconhecer o outro como irmão, como filho do mesmo pai".

E lembrou as palavras de Jesus. "Não lhes deixarei órfãos", que hoje, na festa de Pentecostes, "nos fazem pensar também na presença maternal de Maria no cenáculo".

O papa pediu então a intercessão de Maria para "todos os cristãos, as famílias e as comunidades, que neste momento necessita mais da força do Espírito".

Milhares de pessoas puderam acompanhar a cerimônia na Praça de São Pedro graças aos telões instalados e depois assistir a reza do Regina Coeli do papa, na janela do palácio pontifício.

Em sua mensagem após a reza, Francisco lembrou que em Pentecostes a liturgia "nos convida a abrir nossa mente e nosso coração ao dom do Espírito Santo".

E lembrou que "ser cristãos não significa principalmente pertencer a uma cultura ou aderir a uma doutrina, mas vincular a própria vida, em todos seus aspectos, à pessoa de Jesus".

EFE   
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