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Europa

Mulher é condenada por matar pedófilo a facadas em Londres

Sarah Sands disse que perdeu o controle ao se deparar com o criminoso, que já foi condenado previamente por 24 crimes ou ofensas sexuais

29 set 2015 - 18h32
(atualizado às 18h52)
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Sarah Sands foi condenada a três anos e meio de prisão por ter esfaqueado homem acusado de pedofilia
Sarah Sands foi condenada a três anos e meio de prisão por ter esfaqueado homem acusado de pedofilia
Foto: BBC Brasil / Divulgação

Uma mulher foi presa e condenada a três anos e meio de reclusão por ter assassinado um pedófilo em Londres, na Inglaterra.

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O homem era acusado de abusar sexualmente de vários garotos na região onde eles viviam na capital inglesa. Sarah Sands, de 32 anos, alegou ter "perdido o controle" ao esfaquear o criminoso – Michael Pleasted, de 77 anos – na casa dele em Canning Town, leste de Londres.

A mulher foi inocentada do crime de homicídio doloso, mas acabou condenada por homicídio culposo. Ela deu oito facadas em Pleasted, que não resistiu e morreu no local.

Pleasted já havia sido condenado previamente por 24 crimes ou ofensas sexuais ao longo de três décadas e cumprido penas de nove meses a seis anos, por, entre outras condutas, assediar menores de idade. Ele estava em liberdade condicional e passaria por novo julgamento.

Ataque

Sands teve sua sentença reduzida de sete para três anos e meio – o juiz Nicholas Cooke levou em consideração o fato de ela ser mãe solteira.

Segundo relatos ouvidos ao longo do julgamento, o ataque da mulher a Pleasted foi premeditado. Ela saiu de casa com uma faca para atacá-lo no apartamento onde ele morava.

Sands estava em prisão preventiva havia dez meses e, portanto, já cumpriu parte da pena – ela poderá ficar em liberdade condicional depois que completar mais 11 meses presa.

O juiz enfatizou que esse caso foi único, já que Sands perdeu totalmente o controle ao atacar o pedófilo em vez de deixá-lo sob os cuidados da lei. Ele ainda reforçou que a conduta dela de "justiceira" não pode servir de exemplo a que outras pessoas ajam da mesma forma. "Não podemos deixar que haja qualquer incentivo para esse tipo de atitude."

"Esse foi um caso em que a ré prontamente se entregou à polícia visivelmente em um nível altíssimo de estresse e em nenhum momento contestou a culpa no homicídio, nem aproveitou a oportunidade para se livrar das provas e tampouco demonstrou remorso", afirmou o juiz.

No momento do ataque, Pleasted estava em liberdade sob fiança e esperando julgamento por duas acusações de abuso sexual a dois menores de 13 anos. Os policiais também investigavam uma outra suspeita de que ele teria abusado de um terceiro garoto.

Durante o julgamento, Sands disse que não tinha a intenção de machucar Pleasted quando foi ao apartamento dele armada com uma faca - alegou que só queria forçá-lo a admitir os crimes para que os jovens que o estavam acusando não precisassem ir ao tribunal.

Sands contou que ficou assustada ao confrontá-lo. "Não foi como eu esperava. Achava que ele iria me ouvir."

No entanto, segundo o relato dela, Pleasted sorriu quando abriu a porta para ela e disse que os meninos eram mentirosos e estavam arruinando sua vida. Sands, então, disse que perdeu o controle e esfaqueou o homem oito vezes.

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