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Europa

Movimento 5 Estrelas rejeita apoio à centro-esquerda na Itália

27 mar 2013 - 09h37
(atualizado às 09h54)
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O partido anti-establishment Movimento 5 Estrelas rejeitou veementemente na quarta-feira a oferta de coalizão feita pelo líder de centro-esquerda Pier Luigi Bersani, que tenta montar uma maioria parlamentar depois da inconclusiva eleição do mês passado na Itália.

Líder de centro-esquerda Pier Luigi Bersani durante reunião com o presidente italiano, Giorgio Napolitano, no palácio Quirinale, em Roma, 21 de março de 2013. O partido anti-establishment Movimento 5 Estrelas rejeitou veementemente a oferta de coalizão feita por Bersani, que tenta montar uma maioria parlamentar depois da inconclusiva eleição do mês passado na Itália. 21/03/2013
Líder de centro-esquerda Pier Luigi Bersani durante reunião com o presidente italiano, Giorgio Napolitano, no palácio Quirinale, em Roma, 21 de março de 2013. O partido anti-establishment Movimento 5 Estrelas rejeitou veementemente a oferta de coalizão feita por Bersani, que tenta montar uma maioria parlamentar depois da inconclusiva eleição do mês passado na Itália. 21/03/2013
Foto: Remo Casilli / Reuters

A posição desse partido, liderado pelo comediante Beppe Grillo, já era esperada, pois o 5 Estrelas acusa os grandes partidos de terem causado a atual crise econômica e social na Itália, e já fez campanha prometendo não apoiá-los.

"Não há condições que nos permitiriam dar um voto de confiança a um governo composto por esses partidos, porque eles não têm credibilidade", disse o líder do 5 Estrelas no Senado, Vito Crimi, após reunião com Bersani.

Bersani já descartou a hipótese de se coligar ao bloco de centro-direita do ex-premiê Silvio Berlusconi, e por isso cresce a chance de que o país tenha de voltar às urnas em breve.

O impasse, simultâneo à crise bancária no Chipre, é observado atentamente por outros governos europeus e por investidores, temerosos de que a Itália volte a uma fase de turbulência como a que derrubou o último governo de Berlusconi, em 2011.

Após as consultas desta semana aos demais grupos partidários, Bersani deve levar os resultados ao presidente Giorgio Napolitano, que teria então a possibilidade de encarregar outra pessoa --que seja respeitada e alheia aos partidos-- de tentar formar um gabinete tecnocrata ou de ampla base partidária.

(Reportagem de James Mackenzie)

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