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Europa

Morte de ativista aumenta tensão durante eleições na Albânia

23 jun 2013 - 11h04
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Tirana, 23 jun (EFE). - Um tiroteio no qual foi assassinado um ativista da oposição esquerdista e ficou ferido um candidato do governante Partido Democrático (PD) aumentou a tensão política neste domingo de eleições parlamentares na Albânia, consideradas cruciais para o futuro do país.

A vítima, um ativista do Movimento Socialista para a Integração (LSI) da coalizão esquerdista, foi assassinada em um tiroteio no qual também ficaram gravemente feridos o candidato do PD e outra pessoa, perto de um colégio eleitoral na cidade nortista de Laç.

Mais de 3,2 milhões de albaneses estão convocados a comparecer às urnas hoje para escolher o futuro Parlamento em eleições consideradas um exame de maturidade e de progresso rumo à adesão à União Europeia (UE).

O líder do LSI, Ilir Meta, acusou a cúpula da polícia de colaborar com criminosos para manipular os votos e intimidar os simpatizantes da oposição.

"Estamos aqui para defender os votos dos albaneses... Com bandidos e com sangue, (o primeiro-ministro Sali) Berisha não pode permanecer no poder. Ele sairá, a qualquer preço", ameaçou Meta.

Já o líder do Partido Socialista (PS), Edi Rama, que adiou sua votação para se aproximar de Laç, pediu que a polícia se afaste dos criminosos e que os albaneses compareçam às urnas.

Por sua vez, a porta-voz do PD, Laura Vorpsi, considerou o incidente de hoje um "ato terrorista" contra seu candidato e qualificou Meta e Rama como "aventureiros políticos".

Desde a queda do comunismo em 1990, a Albânia não conseguiu realizar eleições normais, limpas e honestas, o que levou o país a uma estagnação política contínua que obstaculizou o progresso e a aplicação de reformas.

No total 7.127 candidatos concorrem por 66 partidos e dois independentes para ocupar as 140 cadeiras do Parlamento, que elegerá o novo chefe de governo.

A favorita é a Aliança pela Albânia Europeia, uma coalizão que reúne 37 partidos de esquerda liderada pelo Partido Socialista (PS) de Rama, cuja legenda está há oito anos na oposição.

A coalizão rival é a Aliança para o Emprego, Prosperidade e Integração, formada por 25 partidos liderados pelo Partido Democrático (PD) do primeiro-ministro conservador Berisha, que concorre a um terceiro mandato.

Como novo partido que aspira a obter cadeiras figura o direitista Novo Espírito Democrático formado no ano passado pelo ex-presidente Bamir Topi.

EFE   
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