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Europa

Morre Árpád Göncz, primeiro presidente da Hungria após a queda do comunismo

6 out 2015 - 12h29
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Árpád Göncz, o primeiro presidente da Hungria após a queda do comunismo, morreu aos 93 anos de idade em Budapeste, segundo comunicou a família nesta terça-feira.

Göncz foi eleito chefe de Estado em 1990 pelo então recém-constituído parlamento após as primeiras eleições gerais posteriores à queda do regime comunista.

A escolha por Göncz foi resultado dos acordos entre os dois grandes partidos da transição política da Hungria, o conservador Fórum Democrático e o liberal Aliança de Democratas Livres, grupo que ajudou a fundar em 1988.

O líder chegou a ser reeleito para um segundo mandato em 1995 e ocupou o cargo até 2000, e é considerado o presidente mais popular da Hungria desde a transição política até hoje.

Nascido em Budapeste, em 10 de fevereiro de 1922, Göncz se formou em direito em 1944 na universidade "Péter Pázmány" de Budapeste.

Durante a Segunda Guerra Mundial, escapou do exército e após voltar a Budapeste se uniu ao movimento de resistência contra o regime pró-nazista, salvando judeus do extermínio e soldados húngaros desertores.

O ex-presidente iniciou a vida política depois da guerra, em 1945, quando se integrou no Partido de Pequenos Proprietários. Depois da revolução antissoviética de 1956, o regime comunista o encarcerou durante sete anos por ter participado do levante.

Durante os anos de prisão aprendeu inglês, para após sua libertação trabalhar como escritor e tradutor literário. Árpád Göncz traduziu para o húngaro obras como "2001: Uma odisseia do espaço", de Arthur C. Clarke, e "O Senhor dos Anéis", de J.R.R. Tolkien.

EFE   
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