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Europa

Milícias pró-Rússia evacuam civis de Uglegorsk após dominarem a cidade

2 fev 2015 - 13h53
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As milícias separatistas pró-russas tomaram o controle de grande parte da cidade de Uglegorsk, na região oriental ucraniana de Donetsk, e estão evacuando os civis, segundo informou a agência russa "RIA Novosti".

"Neste momento, a cidade está sob controle dos rebeldes e é realizada uma 'limpeza' dos últimos destacamentos de combatentes (ucranianos) e franco-atiradores. As forças ucranianas respondem de Debaltsevo com fogo de artilharia", relatou do local o correspondente da agência.

O objetivo de consolidar o controle sobre Uglegorsk é reforçar o cerco sobre Debaltsevo, a estratégica cidade que ainda é defendida pelo Exército ucraniano e que é um importante elo de comunicação entre Donetsk e Lugansk, as capitais das duas regiões homônimas rebeladas contra o governo de Kiev.

"Estamos disponibilizando três caminhões para evacuar os civis porque é muito perigoso ficar à mercê dos disparos de artilharia", afirmou o chefe dos rebeldes da cidade visinha de Enakievo, identificado como Mikhail. Segundo ele, cerca de 300 pessoas foram retiradas da cidade.

O combatente acrescentou que "dezenas de pessoas" morreram devido ao fogo de artilharia em Uglegorsk, mas que o número ainda não pôde ser confirmado até agora "porque os corpos não puderam ser recolhidos. Há gente morta nos pátios e em suas casas", disse.

O correspondente da "RIA" afirmou que a cidade, que tinha cerca de 10 mil habitantes antes do conflito, está cheia de tanques e viaturas blindadas dos milicianos. As forças ucranianas disparam mísseis de Debaltsevo.

Na cidade não há água, nem sistema de aquecimento e eletricidade. Os habitantes se escondem nos porões de suas casas.

O conflito no leste da Ucrânia entre as forças rebeldes pró-russas e as tropas leais a Kiev se intensificou nas últimas semanas, com dezenas de vítimas por dia entre os civis e os combatentes.

Segundo a ONU, mais 5.000 pessoas, entre civis e combatentes, morreram no leste da Ucrânia desde meados de abril de 2014, quando começou um conflito que também provocou o êxodo de centenas de milhares de refugiados.

EFE   
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