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Europa

Merkel rejeita falar sobre possível candidatura, mas não a descarta

16 ago 2015 - 17h11
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Em entrevista transmitida neste domingo pelo canal público "ZDF", a chanceler alemã, Angela Merkel, rejeitou falar sobre uma possível candidatura em 2017 para sua quarta legislatura, mas não descartou esta possibilidade.

Na tradicional entrevista de verão da segunda maior emissora pública do país, Merkel lembrou que o que tinha dito aos cidadãos era sua disposição para a presente legislatura.

"O restante será decidido no momento oportuno, que ainda não chegou", afirmou.

Hoje, em entrevista ao jornal "Bild am Sonntag", o titular de Relações Exteriores, o social-democrata Frank-Walter Steinmeier, foi contra dar por perdida, antecipadamente, a corrida à Chancelaria em vista dos resultados pouco favoráveis para o SPD - o Partido Social-Democrata, parceiro da coalizão da União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel - nas enquetes de intenções de voto e da popularidade da chanceler.

"O SPD não renunciará a seu direito de liderar um governo. Um partido com 150 anos de história não dá por perdidas as eleições antes de começar a campanha eleitoral", declarou o ministro.

No mês passado, o chefe do governo do estado federado de Schleswig-Holstein, o social-democrata Torsten Albig, questionou a necessidade de apresentar um candidato pelo SPD às eleições parlamentares de 2017 perante a impossibilidade prática de vencer Merkel.

Por sua vez, o chefe do grupo parlamentar social-democrata, Thomas Oppermann, afirmou hoje ao jornal "Die Welt" que quem "no meio das férias de verão, a mais de dois anos das eleições ao Bundestag, abre o debate sobre o candidato do SPD à Chancelaria, faz campanha a favor de Angela Merkel".

À pergunta de se os social-democratas serão capazes de entrar em acordo antes das eleições de 2017 sobre seu candidato à Chancelaria, Merkel declarou divertida: "Acho que esta é uma das discussões que não merecem maiores comentários".

Segundo a pesquisa do Instituto Emnid, que o jornal "Bild am Sonntag" publica hoje, se a Alemanha realizasse as eleições parlamentares agora, o SPD somaria 24% dos votos, 19 pontos a menos que os 43% de votos que receberia a coalizão de democratas-cristãos da CDU e social cristãos bávaros da CSU.

EFE   
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