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Europa

Menor que frequentava festas de Berlusconi anuncia casamento

2 fev 2011 - 13h17
(atualizado às 14h47)
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A jovem marroquina Karima El Mahroug, conhecida como Ruby Rubacuori ("rouba corações") e envolvida em um caso de prostituição de menores que investiga a participação do chefe de governo italiano Silvio Berlusconi, anunciou nesta quarta-feira que vai se casar daqui a três semanas.

Karima el-Mahroug, conhecida como Ruby, disse ter recebido 7 mil euros do premiê, mas negou ter feito sexo
Karima el-Mahroug, conhecida como Ruby, disse ter recebido 7 mil euros do premiê, mas negou ter feito sexo
Foto: AP

Em entrevista publicada pela edição genovesa do jornal Repubblica, Ruby, que completou 18 anos em novembro, afirma que depois de se casar pretende "voltar a estudar, terminar o colégio e morar em Gênova".

Depois do matrimônio civil, a jovem, filha de imigrantes marroquinos que vivem na Sicília, quer se casar na igreja com seu noivo Luca Rizzo, gerente de uma discoteca de 41 anos.

A jovem afirma que não está preocupada com a investigação de Berlucosni, destacando que apenas será "testemunha", já que a lei a considera uma vítima, antes de acrescentar: "Quero que termine logo esse processo".

Quando foi perguntada sobre o que pensava das confusões judiciais do Cavaliere respondeu: "Não sei, não é problema meu".

Quanto à suposta existência de um "harém" em torno de Berlusconi, explicou: "Ele está sozinho e combate a solidão, um pouco como eu fiz quando paguei para receber carinho de meu pai (enviando dinheiro para ajudá-lo). Berlusconi recorre às mulheres".

Além da suspeita de utilização dos serviços sexuais remunerados de Ruby quando ela era menor, o que constitui um crime na Itália, Berlusconi é acusado de abuso de poder por ter se usado de sua posição de chefe de governo para liberar a jovem da prisão em maio, depois de ela ter sido detida por roubo.

Segundo a investigação, Ruby teria participado de festas libertinas organizadas nas residências do Cavaliere com dezenas de outras jovens.

Na entrevista, Ruby reclamou ainda dos jornalistas por continuarem a escrever que ela é uma "escort girl" (prostituta), dizendo que "ao menos deveriam acrescentar 'suposta'".

Ruby e Berlusconi negaram ter mantido relações sexuais e afirmam que as festas eram normais e não orgias, como levam a crer as gravações telefônicas divulgadas pela imprensa. Ainda, a jovem ressaltou que "se tivesse que fazer tudo de novo, não voltaria" como Ruby Rubacuori.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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