PUBLICIDADE

Europa

Maquinista foi avisado sobre curva iminente enquanto falava ao telefone

2 ago 2013 - 06h40
(atualizado às 08h54)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Ferido, Francisco José Garzón recebe ajuda após o acidente</p>
Ferido, Francisco José Garzón recebe ajuda após o acidente
Foto: Reuters

O maquinista do trem que sofreu um grave acidente em Santiago de Compostela, Francisco José Garzón Amo, falava ao telefone com um fiscal enquanto o trem circulava a 199 km/h até 11 segundos antes do acidente e durante a conversa ouviu um aviso indicando a proximidade da curva com limite de 80 km/h.

No acidente, que aconteceu na noite de 24 de julho, 79 pessoas morreram.

O minucioso relatório do conteúdo das caixas-pretas elaborado pela Polícia Científica, que a Agência Efe teve acesso, mostra o primeiro registro de voz às 20h39m15, logo depois de tocar o telefone corporativo de Garzón, que desapareceu após o acidente.

O diálogo se prolongou por um minuto e quarenta segundos, mas não dá para saber se a conversação foi encerrada em algum momento e às 20h41m06 é possível perceber o início do som do acidente.

O relatório sobre os suportes eletrônicos e de informática está acompanhado por gráficos em que se pode comparar os dados de voz com a velocidade do trem.

Garzón, que recebe ajuda psicológica, é acusado de homicídio e lesão corporal por imprudência profissional.

O fiscal do trem que falava ao telefone com Garzón, Antonio Martín Marugán, foi convocado esta manhã pelo juiz instrutor do caso para prestar depoimento. Antes de entrar no tribunal, o fiscal reconheceu que falou ao telefone com o maquinista.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade