Maioria das vítimas do atentado de Istambul é alemã
O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, ligou para a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, para expressar suas condolências ao saber que nove dos dez mortos nesta terça-feira no atentado suicida em Istambul são alemães, informou o jornal turco Sabah citando fontes anônimas do governo.
Davutoglu expressou sua tristeza pelo ocorrido, prometeu para Merkel fazer todo o possível para que os alemães feridos se recuperem e reiterou a decisão da Turquia de "lutar contra as organizações terroristas internacionais", afirma o jornal que cita fontes do escritório do primeiro-ministro.
Em quatro hospitais há nove alemães sob tratamento como consequência do atentado suicida que aconteceu hoje perante a Mesquita Azul, atribuído a uma pessoa de origem síria de 27 anos de idade, segundo o jornal Hürriyet.
O Ministério das Relações Exteriores da Noruega confirmou que um norueguês ficou levemente ferido no ataque e fontes da embaixada do Peru em Ancara indicaram à Agência Efe que uma mulher peruana também sofreu lesões, embora sua vida não corre perigo.
O governo alemão pediu a seus cidadãos que estão em Istambul que evitem as concentrações em lugares públicos e diante das atrações turísticas.
A Mesquita Azul e os monumentos próximos, como a basílica de Santa Sofia e o palácio de Topkapi, formam o principal complexo turístico de Istambul, cidade que recebe por ano quase 10 milhões de viajantes.
O presidente da Associação de Turismo de Sultanahmet, Yasar Yaviz, indicou ao jornal Hürriyet que o ataque "é um grande golpe ao turismo de toda a região".
"Há 7 mil hotéis nesta zona. Os turistas agora querem ir embora. Já estão buscando passagens (para retornar a seus países). Com esta explosão, o ano 2016 terminou para nós", lamentou.