PUBLICIDADE

Europa

Londres nega que esteja militarizando as Malvinas

8 fev 2012 - 10h49
(atualizado às 14h48)
Compartilhar

O governo britânico negou nesta quarta-feira que o Reino Unido esteja "militarizando" o Atlântico Sul com o envio de uma embarcação de guerra às ilhas Malvinas, cuja soberania é reivindicada pela Argentina.

A afirmação foi feita nesta quarta-feira por uma porta-voz de Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, depois que a presidente argentina, Cristina Kirchner, anunciou no dia anterior que levará o conflito das Malvinas à ONU e acusou Londres de "militarizar" a região com o desdobramento de um destróier. "Não estamos militarizando o Atlântico Sul. Nossa posição defensiva nas Falklands (como os britânicos chamam as Malvinas) é a mesma", acrescentou a porta-voz.

No entanto, a representante especificou que o Reino Unido tem planos alternativos caso haja uma atitude agressiva rumo a essas ilhas, consideradas por Londres como território dependente e cuja soberania é reivindicada pela Argentina desde 1833.

Neste sentido, a porta-voz de Downing Street insistiu que esses planos foram elaborados há tempos e não respondem ao recente aumento da tensão entre Reino Unido e Argentina pela disputa das Malvinas, pelas quais os dois países travaram uma guerra em 1982.

Horas antes, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores britânico afirmou que os habitantes das ilhas, com uma população de aproximadamente 3 mil pessoas, são "britânicos por escolha" e "livres para decidir sobre seu futuro". "Não haverá negociações com a Argentina sobre a soberania a menos que seus habitantes desejem", apontou o porta-voz do Foreign Office.

Cristina Kirchner anunciou na terça em Buenos Aires que apresentará um protesto à ONU pela "militarização" das Malvinas por parte do Reino Unido.

A presidente disse que apresentará essa reivindicação ao Conselho de Segurança da ONU, integrado pelo Reino Unido como membro permanente, e a Assembleia das Nações Unidas.

O Reino Unido anunciou há poucos dias o envio de uma moderna embarcação de guerra, o destróier HMS Dauntless, equipado com mísseis antiaéreos, e na semana passada o príncipe William chegou às Malvinas para uma instrução militar de seis semanas.

A guerra de 1982 começou depois que os militares argentinos ocuparam as ilhas em 2 de abril daquele ano e terminou dois meses depois, em 14 de junho, com a rendição argentina.

EFE   
Compartilhar
Publicidade