PUBLICIDADE

Europa

Londres: manifestantes se enfrentam após assassinato de soldado

1 jun 2013 - 11h19
(atualizado às 11h47)
Compartilhar
Exibir comentários

Manifestantes de extrema-direita e anti-racistas se enfrentaram neste sábado no centro de Londres, nos protestos convocados após a morte em 22 de maio do soldado Lee Rigby, assinado por dois supostos islamitas.

Cerca de 70 militantes do direitista Partido Nacionalista Britânico (BNP) se reuniram em frente ao Parlamento para protestar contra o islamismo. Em contrapartida, a organização "Unidos contra o Fascismo" e outros grupos anti-racistas realizaram uma manifestação contra o BNP.

Embora os grupos tenham protestado em pontos diferentes do centro de Londres e separados por um cordão policial, houve alguns choques quando simpatizantes dos dois lados se cruzaram na rua, segundo a agência local PA.

O BNP, cujo líder Nick Griffin é eurodeputado, pretendia inicialmente se manifestar no bairro de Woolwich, onde aconteceu o assassinato do soldado, mas a polícia vetou a iniciativa para evitar um aumento das tensões sociais.

Lee Rigby foi assassinado a facadas em 22 de maio quando voltava de seu trabalho na Torre de Londres por dois supostos islamitas, que foram detidos no mesmo dia do ataque.

Os agressores são Michael Adebolawe, 22 anos, e Michael Adebolajo, 28 anos, ambos britânicos de origem nigeriana e convertidos ao islamismo.

Adebolajo foi filmado por testemunhas no dia do ataque com as mãos ensanguentadas e uma faca na mão, enquanto dizia que a morte do soldado era uma vingança pelos massacres de muçulmanos no Afeganistão e Iraque.

A ligação com o islã foi usada por grupos de extrema-direita, que protagonizaram violentos protestos e ataques a mesquitas, apesar dos pedidos de calma do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.

As principais sociedades islâmicas do país condenaram o brutal assassinato de Rigby e o desvincularam de sua religião. A família de Adebolajo, de religião cristã, também repudiou e disse que "não há lugar para a violência em nome da religião ou da política".

A família de Lee Rigby, 25 anos, também pediu paz e afirmou em comunicado que o soldado não gostaria que "seu nome fosse utilizado como uma desculpa para atacar outras pessoas".

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade