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Europa

Líder talibã ameaça atacar Grã-Bretanha e outros países

21 out 2010 - 10h04
(atualizado às 10h14)
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Os talibãs atacarão a Grã-Bretanha e outros países europeus, segundo ameaçou um de seus líderes em declarações à emissora Sky News.

Em entrevista realizada em um local secreto, o dirigente talibã disse ao correspondente da emissora que dispunha de centenas de lutadores e de uma ampla oferta de recrutas dispostos a enfrentar às forças britânicas e americanas.

Após sete meses de negociações, a Sky News conseguiu acesso exclusivo a um grupo de combatentes talibãs na província afegã de Kunar.

Para a primeira entrevista, o correspondente foi levado a um local elevado nas montanhas de Kunar, além do alcance de toda autoridade governamental ou militar, e lá o esperavam 30 homens usando as tradicionais vestes afegãs, todos com os rostos cobertos por cachecóis e fortemente armados.

Em uma ameaça direta ao Reino Unido e a outros países europeus, o comandante talibã vangloriou-se de que seu grupo tem simpatizantes no Reino Unido e outros países europeus que só aguardam por uma ordem para cometer ataques contra alvos não especificados.

"Enviamos uma mensagem a todas as nações estrangeiras de que as atacaremos a qualquer momento. Pode ser nas duas próximas semanas, pode ser hoje mesmo ou amanhã. Atacaremos também a Grã-Bretanha. Temos pessoas confiáveis que nos escutam e esperam nossas ordens", disse o líder talibã.

Ele revelou ainda que a Grã-Bretanha é a principal fonte de receita de seu grupo, que financia-se com donativos individuais nas mesquitas e centros comunitários em todo o país e que o dinheiro é canalizado no Paquistão e distribuído entre os grupos talibãs escondidos nas montanhas que dividem os dois países.

"Não somos como um governo, dependemos das pessoas. Conseguimos doações para a 'jihad' (guerra santa) de nossos irmãos muçulmanos da Grã-Bretanha. É dever de todos os muçulmanos contribuir economicamente à 'jihad'. Assim é como conseguimos fundos, compramos armas e continuamos lutando".

O comandante disse a Sky News que estão dispostos a negociar com as autoridades afegãs, mas que as tropas estrangeiras têm de deixar antes o país.

"As forças americanas nos causaram muitos danos. Mataram muitas pessoas. Informamos ao povo da forma impiedosa como matam e causam sofrimentos. Predicamos o que ensina o Corão: que a 'jihad' é nosso direito e nosso dever inalienáveis. E todos os que nos escutam, se unem a nós imediatamente", acrescentou o talibã.

O correspondente da emissora foi também testemunha de como o grupo de talibãs fabricam e instalam as minas que tantas vítimas causam entre as tropas americanas, britânicas e da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf).

EFE   
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