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Europa

Líder do partido governista espanhol nega caixa 2 e salários extras

14 ago 2013 - 09h46
(atualizado às 09h57)
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A secretária-geral do Partido Popular espanhol (PP), María Dolores de Cospedal, negou nesta quarta-feira diante de um juiz da Audiência Nacional a existência de um caixa dois na legenda e ter recebido dinheiro ilegal, segundo fontes da acusação.

Da mesma forma como fizeram ontem seus antecessores no cargo, Javier Arenas e Francisco Álvarez-Cascos, María Dolores rejeitou as acusações lançadas pelo ex-tesoureiro do PP Luis Bárcenas sobre um suposto caixa dois no partido feito com doações irregulares, com as quais teriam sido pago salários extras aos altos membros da formação.

A secretária-geral declarou como testemunha diante do juiz Pablo Ruz, que investiga o caso Bárcenas, e sustentou que o controle das doações corresponde exclusivamente ao tesoureiro do partido, o mesmo que foi dito por Arenas e Álvarez-Cascos.

Fontes ligadas à María Dolores disseram à agência EFE que a número dois do PP explicou que a gestão da receita e despesas do partido são "trabalhos exclusivas" do tesoureiro e do gerente, que são nomeados pelos congresso da legenda. "Não conheci outro tipo de receita além da que está na contabilidade remetida ao Tribunal de Contas", disse a secretária-geral em sua declaração, segundo as fontes.

María Dolores frisou que desde o final de junho de 2008, quando foi nomeada secretária-geral, "não houve salários extras" e também não sabe se a prática foi adotada anteriormente.

Luis Bárcenas, que está sendo investigado por diversos delitos fiscais, lavagem de dinheiro e suborno, está preso desde o final de junho por ordem do juiz Ruz, que considerou que existia risco de fuga. O ex-tesoureiro acumulou uma fortuna de mais de 48 milhões de euros, depositada em contas bancárias em diversos países, que segundo Bárcenas foi ganha em diversos negócios e empreendimentos.

O juiz Ruz ordenou o congelamento de contas bancárias de Bárcenas na Suíça e Estados Unidos.

EFE   
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