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Europa

Líder da extrema-direita francesa nega ter defendido a tortura

10 dez 2014 - 10h33
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A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, negou nesta quarta-feira que tenha justificado o uso da tortura após declarações sobre o relatório americano sobre abusos cometidos pela CIA.

"Interpretação maliciosa. Frente ao terrorismo, nada de bondade. 'os meios que podemos': os meios da lei, evidentemente não a tortura", tuítou em referência a uma entrevista à BFMTV-RMC durante a qual considerou que, em alguns casos de terrorismo, "é útil fazer uma pessoa falar".

Um pouco mais tarde, sobre o mesmo tema, durante um programa de televisão, Questions d'info (LCP, France Info, Le Monde, AFP) a eurodeputada insistiu: "a França não pratica a tortura, e é muito feliz".

Na parte da manhã, questionada insistentemente sobre o relatório americano que detalha os abusos cometidos pela CIA contra suspeitos de terrorismo, ela não condenou estas práticas, mas acredita que "é preciso parar de ver os Estados Unidos como um símbolo de bondade absoluta".

"Eu não condeno", declarou. "Em relação a estes problemas, é muito fácil chegar em um programa de TV e dizer 'wow, como isso é ruim!' Estes são contextos muito complicados".

A tortura pode ser usada, às vezes, insistiu. "Sim, sim, é claro, ela tem sido usada na História".

"Eu acredito que as pessoas que se ocupam dos terroristas tentam tirar informações, que ajudam a salvar vidas de civis, são pessoas que são responsáveis", disse a presidente do partido da extrema-direita.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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