PUBLICIDADE

Europa

Kerry diz que Moscou deve parar imediatamente de apoiar separatistas

5 fev 2015 - 13h11
Compartilhar

O secretário de Estado americano, John Kerry, voltou a acusar nesta quinta-feira a Rússia de fornecer ajuda para os separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia e disse que Moscou deve interromper imediatamente este apoio.

"A Rússia deve parar imediatamente o apoio aos separatistas e se sentar na mesa de negociações", afirmou Kerry em Kiev após se reunir com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko.

"Não podemos fechar os olhos ao fato de que provisões militares russas cruzaram a fronteira ucraniana", disse.

"Queremos que o conflito se resolva e para isso é necessário dar os passos necessários", afirmou o chefe da diplomacia dos EUA, que está visitando Kiev em meio a um debate sobre se Washington fornecerá armamento para a Ucrânia lutar contra os rebeldes no leste do país.

Kerry afirmou que a Rússia deve assumir suas responsabilidades -segundo os acordos assinados em Minsk em setembro com os rebeldes- e que os separatistas pró-Rússia de Donetsk e Lugansk também devem dar passos "para um cessar-fogo definitivo e não apenas sobre o papel".

O secretário de Estado afirmou ainda que o conflito só poderá ser resolvido se uma trégua for alcançada e após a retirada das armas pesadas da área onde o cessar-fogo estiver em vigor, de modo que não sejam mais uma ameaça para a população civil.

"Também é necessário que se fechem as fronteiras (com a Rússia) para que não entrem tanques nem armamento no território da Ucrânia", e desta forma "se restabelecerá a soberania da Ucrânia", acrescentou.

Para Kerry, Rússia só poderá evitar o isolamento internacional se o conflito na Ucrânia for solucionado de maneira pacífica.

Por sua parte, Poroshenko disse que segue apoiando a ideia de conceder um status especial de autonomia para as duas regiões rebeldes pró-Rússia.

A guerra no leste da Ucrânia passa por uma grande intensificação, onde não param os combates de artilharia e as mortes de civis e combatentes.

De maneira inesperada, o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, chegarão em Kiev nesta noite para apresentar um plano de paz a Poroshenko, e amanhã vão para Moscou, onde se reunirão com o presidente russo, Vladimir Putin.

EFE   
Compartilhar
Publicidade