PUBLICIDADE

Mundo

Juventudes socialistas da Noruega afirmam que voltarão à ilha

26 jul 2011 - 12h16
(atualizado às 13h04)
Compartilhar

As juventudes do Partido Socialista norueguês (AUF), alvo do ataque realizado em Utoya na sexta-feira passada, afirmaram que voltarão à ilha e a reformarão para permitir de novo seu acesso. "Enviamos uma mensagem clara: voltaremos a nos apropriar da ilha. O ataque contra Utoya e a AUF foi um ataque contra nós. Mas Utoya será sempre nossa ilha", assegurou Eskil Andersen, um dos sobreviventes do massacre cometido por Anders Behring Breivik.

Vista aérea da ilha de Utoya, onde ocorreu o tiroteio que matou 68 pessoas na sexta-feira
Vista aérea da ilha de Utoya, onde ocorreu o tiroteio que matou 68 pessoas na sexta-feira
Foto: AP

Os detalhes do projeto de recuperação da ilha não foram ainda concretizados, explicou o jovem político. "Há um tempo para tudo. Continuamos em luto profundo. Muitos de nossos amigos se foram", enfatizou durante uma nova rodada de imprensa realizada em um coletiva de imprensa realizada numa praça de Oslo e transmitida pela televisão NRK.

Um executivo norueguês, Petter Stordalen, se comprometeu a doar 5 milhões de coroas (600 mil euros) para a recuperação de Utoya.

Tragédia na Noruega
A Noruega viveu na última sexta-feira, dia 22, a maior tragédia do país desde a Segunda Guerra Mundial. Dois atentados deixaram, até o momento, um saldo de 76 mortos. As autoridades chegaram a divulgar que 93 pessoas tinham morrido nos ataques, mas revisaram os dados e informaram um novo balanço na segunda, dia 25. Primeiro, uma bomba explodiu no centro da capital, Oslo, na região onde estão localizados vários prédios governamentais, inclusive o escritório do premiê, Jens Stoltenber. Oito pessoas morreram, mas a polícia admite que possa haver corpos não resgatados nos prédios.

A segunda tragédia aconteceu na ilha de Utoya, próxima à capital. Lá, Anders Behring Breivik, um homem de 32 anos vestido com uniforme da polícia, abriu fogo contra jovens reunidos em um acampamento de verão. Ao menos 68 morreram, a maioria pelos tiros disparados. Alguns outros morreram afogados após tentarem fugir nadando. Anders foi detido logo depois, pela polícia, e admitiu o crime. O atirador, que é ligado à extrema-direita e publicou um manifesto na internet chamando à violência contra muçulmanos e comunistas, também tem envolvimento no ataque em Oslo.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade