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Europa

Joe Biden irá à Polônia para tratar de crise na Ucrânia

Vice-presidente dos EUA viajará também à Lituânia para conversar com seus aliados na região sobre a situação da Crimeia

15 mar 2014 - 01h06
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O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, viajará para Polônia e Lituânia na próxima semana para conversar com seus aliados na região sobre a crise provocada pela intervenção militar russa na península da Crimeia, no sul da Ucrânia, informou nesta sexta-feira a Casa Branca em comunicado.

Biden chegará à região na próxima segunda-feira, um dia depois da realização de um polêmico referendo na república autônoma da Crimeia sobre sua incorporação à Rússia. Essa consulta não tem o reconhecimento dos Estados Unidos, nem de seus aliados europeus, que já advertiram à Rússia que serão aplicadas sanções no caso de uma anexação da Crimeia.

Em sua viagem à Polônia e Lituânia, que será concluída na próxima quarta-feira, Biden se reunirá com os líderes desses países e também com os de Estônia e Letônia para estudar com eles como apoiar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia no contexto da crise desencadeada pela intervenção russa na Crimeia.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse hoje que ainda acredita em uma solução diplomática para a crise e voltou a advertir a Rússia que haverá "consequências" se "continuar violando" a soberania da Ucrânia.

As declarações de Obama aconteceram quase ao mesmo tempo em que o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse em Londres que deve ser respeitada a "vontade" que a população da Crimeia expressará no referendo de domingo e pediu o apoio da comunidade internacional para uma reforma constitucional na Ucrânia.

Lavrov ofereceu uma entrevista coletiva ao término de seu encontro de cinco horas em Londres com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e admitiu que "persistem as diferenças" entre Washington e Moscou sobre a crise ucraniana.

Obama recebeu nesta quarta-feira na Casa Branca o primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, e se mostrou confiante em poder evitar o referendo na Crimeia através da diplomacia.

A visita de Yatseniuk à Casa Branca foi uma denmodo apoio dos EUA ao novo governo interino da Ucrânia, cuja legitimidade é contestada pela Rússia, e Obama aproveitou o momento também para reiterar que seu país "não reconhecerá" o resultado do referendo na Crimeia.

O secretário de Estado John Kerry afirmou ontem que, se a Rússia não abandonar suas intenções de anexar a Crimeia após o referendo, a União Europeia (UE) e os EUA responderão com medidas "muito sérias" já na segunda-feira.

EFE   
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