PUBLICIDADE

Europa

Interpol recebe pedido de prisão de fundador do WikiLeaks

20 nov 2010 - 11h13
(atualizado às 12h23)
Compartilhar

A Interpol informou neste sábado que recebeu das autoridades suecas um pedido para ordenar a detenção com fins de extradição de Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, que divulgou documentos secretos americanos, procurado pela Suécia em uma investigação por "estupro e agressão sexual".

 Julian Assange, fundador do WikiLeaks, diz que denúncias são campanha caluniosa
Julian Assange, fundador do WikiLeaks, diz que denúncias são campanha caluniosa
Foto: AP

A justiça sueca ordenou na quinta-feira a prisão de Assange, que divulgou recentemente documentos confidenciais sobre a guerra no Iraque e no Afeganistão. A decisão do juiz Alan Camitz, do tribunal de Estocolmo, acatou um pedido neste sentido apresentado anteriormente pela promotoria.

Julian Assange é cidadão australiano, e chegou a ser procurado em agosto em meio às investigações do caso, mas teve a ordem de prisão revogada. Marianne Ny, a promotora encarregada do caso, reabriu o processo de estupro contra Assange, de 39 anos, no dia 1º de setembro, mas a princípio não havia solicitado sua detenção. Ele já deixou a Suécia.

Duas mulheres afirmaram que no dia 20 de agosto foram vítimas de estupro e agressão sexual por parte do fundador do WikiLeaks. Assange sempre negou as acusações, afirmando que fazem parte de uma "campanha caluniosa" para desprestigiar seu site, que publicou centenas de milhares de documentos confidenciais sobre os conflitos no Iraque e no Afeganistão.

Em outubro, o Wikileaks divulgou mais 400 mil relatórios sobre incidentes, apresentados como "o vazamento mais importante de documentos militares confidenciais da história". Os serviços secretos americanos "estão desde já muito satisfeitos", chegou a comentar Assange em entrevista à AFP, em setembro, depois que a investigação por estupro foi reaberta na justiça sueca.

Julian Assange aproveitou a demora na emissão da ordem de captura para sair do país. Na quinta-feira, ele estava na Grã-Bretanha, de acordo com um de seus colaboradores, procurado na Islândia. O fundador do Wikileaks, que só anda acompanhado de seguranças, transformou-se em inimigo número um do Pentágono, mas há especulações de que pode, por outro lado, ser eleito "homem do ano" da revista Time.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade