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Europa

Inteligência turca alertou em dezembro para riscos de ataques contra turistas

13 jan 2016 - 08h28
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Os serviços de inteligência turcos advertiram em meados de dezembro que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) estava preparando ataques contra estrangeiros na Turquia, como o que ontem matou dez turistas em Istambul, publicou nesta quarta-feira o jornal "Hürriyet".

"A organização terrorista EI está planejando ações com terroristas suicidas contra não-muçulmanos residentes na Turquia, cidadãos estrangeiros, regiões turísticas, lugares visitados frequentemente por estrangeiros ou contra embaixadas, consulados e centros da Otan", dizia a advertência.

A nota foi redigida pela Organização Nacional de Inteligência (MIT) e datada de 17 de dezembro, segundo o "Hürriyet".

O jornal indicou que a MIT advertiu que terroristas suicidas tinham entrado no país e chegado a Ancara e a Istambul.

Essas advertências foram distribuídas entre os corpos de segurança, as unidades antiterroristas nas duas cidades e postos policiais na fronteira.

No alerta, o MIT pedia que se averiguasse e perseguisse os suspeitos já conhecidos pela polícia.

A maioria deles, incluídos dez homens e nove mulheres, eram de origem síria.

Em uma nova advertência, esta de 4 de janeiro, a inteligência turca prevenia países estrangeiros, incluídos Alemanha, Holanda e França, contra possíveis ataques e entregava o nome de 13 potenciais terroristas suicidas.

Os partidos opositores CHP, social-democrata, e MHP, nacionalista, criticaram ontem o Executivo pela falta de segurança e pelos erros no serviço de inteligência que permitiram que o ataque acontecesse.

Um terrorista suicida de 27 anos, que pertencia ao grupo terrorista Estado Islâmico explodiu seu colete-bomba ontem no coração turístico de Istambul e matou 10 turistas estrangeiros, entre eles oito alemães, e deixou outros 15 feridos.

Um porta-voz do governo indicou que o suicida era uma pessoa de origem síria, mas a agência de notícias Dogan, citando fontes policiais anônimas, assinalou que o ele se chamava Nabil Fadli e que teria nascido na Arábia Saudita.

EFE   
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