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Europa

"Indignados" portugueses protestam contra políticas de austeridade

1 jun 2013 - 15h04
(atualizado às 15h12)
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Milhares de pessoas se concentraram neste sábado nas principais cidades portuguesas aderindo a um protesto internacional, promovido pelos movimentos de "indignados", contra as políticas de austeridade.

Em Portugal, essas manifestações estão sendo organizadas pelo grupo civil "Que se lixe a Troika" (Que se dane a troika) e a principal marcha, na região de Entrecampos do centro de Lisboa, começou com bem menos participantes que outras manifestações do tipo.

Porta-vozes do movimento declararam à imprensa que o importante do protesto de hoje é seu caráter internacional, para demonstrar o descontentamento dos povos europeus com as políticas de cortes aplicadas por todo o continente.

Embora hoje tenha reunido menos pessoas, o "Que se lixe a Troika" organizou duas das maiores manifestações dos últimos anos em Portugal, com a participação de centenas de milhares de pessoas, para rejeitar as medidas de saneamento financeiro do governo conservador lusitano.

O movimento, que não está relacionado a nenhum partido embora tenha o apoio dos sindicatos e organizações de esquerda, realizou também na sexta-feira uma pitada em uma dezena de praças de Lisboa para reivindicar atenção para os problemas sociais do país.

Na marcha de hoje os manifestantes exibiram cartazes contra o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e a troika, formada pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Os três organismos concederam há dois anos a Portugal um resgate financeiro de 78 bilhões de euros que exigiu a aplicação de duras medidas de austeridade.

Os manifestantes cantaram palavras de ordem como "O povo unido jamais será vencido" e "O povo é quem mais manda", enquanto reivindicavam a gritos soluções para o desemprego, que com uma taxa de quase 18% é o maior de que os portugueses se lembram, e à crise econômica, após três anos seguidos em recessão.

EFE   
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