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Europa

Hungria anuncia reforço de sua fronteira sul com 2.106 policiais

26 ago 2015 - 09h50
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A Polícia da Hungria anunciou nesta quarta-feira que a partir de 15 de setembro reforçará sua presença perto da fronteira sul com a Sérvia, em uma tentativa extra de conter a entrada de refugiados.

Conforme um comunicado do órgão, 2.106 agentes serão enviados à região, onde contarão com o apoio de helicópteros e cães policiais.

O governo tinha antecipado na semana passada que faria um aumento da presença de suas forças de segurança perto dessa fronteira por conta do crescente fluxo migratório que neste ano viu 120 mil pessoas atravessar o limite. Estas pessoas fugiram principalmente de zonas de conflitos no Oriente Médio, sobretudo Síria, Iraque e Afeganistão.

Atualmente, a Hungria está terminando a instalação da primeira cerca para impedir a entrada de refugiados na fronteira com a Sérvia. A imprensa local garante que o governo conservador nacionalista "está considerando" também mobilizar o exército, embora o Executivo ainda não tenha confirmado tal ação.

Para entrar em vigor, uma proposta deste tipo deve ser tratada e votada no parlamento, cuja próxima reunião acontecerá no início do mês que vem e onde o governo possui uma cômoda maioria.

Para as próximas horas de hoje, espera-se a chegada de 7 mil refugiados que nos últimos dias cruzaram primeiro a Macedônia e depois a Sérvia, para chegar à Hungria, país que faz parte do Espaço Schengen, de livre circulação comunitária.

Mais cedo, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a manifestação que 200 imigrantes do abrigo de Roszke faziam por conta da lentidão dos trâmites migratórios, informou a agência de notícias "MTI". Outras fontes disseram que os refugiados se negaram a se registrar na Hungria. O cenário dessa reticência é o fato de que com o registro húngaro esses refugiados não poderão mais pedir asilo em outro país da Europa.

A maioria dos imigrantes ilegais que chega à Hungria usa o país apenas como trânsito para chegar a outros como Reino Unido, Alemanha e Suécia.

EFE   
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