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Europa

Húngaros fazem protesto e pressionam por renúncia de presidente

31 mar 2012 - 21h33
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Centenas de manifestantes húngaros exigiram, neste sábado, a renúncia do presidente Pal Schmitt. Os ânimos populares foram acirrados após uma entrevista na noite de sexta-feira à TV estatal M1 em que o líder resistiu aos apelos para que ele deixe o governo - no dia anterior, Schmitt foi destituído do seu doutorado, depois de uma briga sobre plágio que durou meses.

No protesto, em frente ao palácio presidencial, os manifestantes gritavam: "Paul Schmitt, arrume suas coisas!". O escândalo pode vir a se tornar um obstáculo para o governo, no momento em que ele está tentando obter apoio financeiro de credores internacionais.

Os partidos de oposição parlamentar - os Socialistas, o partido verde liberal LMP e de extrema direita Jobbik - mostraram uma rara união ao pedir que o presidente, de 69 anos, ex-medalhista de ouro olímpico, deixe o poder.

Pela lei húngara, Schmitt, o presidente menos popular desde o colapso do comunismo, só pode ser destituído por uma maioria de dois terços no parlamento. Na prática, isso significa que a oposição sozinha não é capaz de derrubar o presidente, mas pode tornar a situação cada vez pior para o governo, caso decida iniciar um processo de impeachment no parlamento, disse o analista político Zoltan Kiszelly.

"Unidos, os partidos de oposição podem fazer isso", analisou ele. "Isso forçaria o governo a defender o presidente no parlamento e isso poderia acabar trazendo o escândalo para o governo como um todo." O primeiro-ministro Viktor Orban disse que a decisão está nas mãos do presidente, cujo papel é amplamente cerimonial. Schmitt foi líder do partido Orban, o Fidesz, antes de ser eleito presidente do parlamento e depois presidente, com o apoio do partido no poder, em 2010.

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